OEIRAS — Holger Rune só sabe ganhar esta semana no Oeiras Open 4 e carimbou o acesso à grande final deste domingo, ainda que tenha trabalho mais de duas horas e meia para o conseguir e tenha jogado praticamente todo o terceito set com cãibras. Como último adversário, o jovem dinamarquês vai deparar-se com Gastão Elias, com quem já perdeu este ano.
“Sinto-me bem. Foi um encontro difícil pois joguei 2h30 em condições muito quentes e ventosas. Não é fácil, sobretudo contra este tipo de jogadores que jogam com muito spin. mas especialmente no primeiro set joguei muito bem, senti-me bem no court, senti a bola. No segundo tive as minhas hipóteses, mas não as aproveitei. Estou feliz por ter encontrado uma forma no final”, analisou o ainda número um do escalão júnior, mesmo que não compita entre os mais novos desde 2019, após derrotar o cazaque Timofey Skatov.
O tenista de 18 anos terminou o embate recheado de cãimbras, algo frequente por “suar muito como o Rafa Nadal” (risos), especialmente em condições mais quentes. “Com a experiência já sei como lidar, ainda que não seja fácil. Até disse ao meu treinador ‘imagina se tivesse de jogar cinco sets’, provavelmente não aconteceria, ainda. Tenho de entender como contornar isto melhor”, realçou, destacando também a maior agressividade e variedade que imprimiu desde os problemas físicos.
Na grande final, Rune vai voltar reencontar Gastão Elias, com quem perdeu, no início de Fevereiro, no encontro decisivo do ITF de 25.000 dólares de Vilhena, em Espanha. “Sei como jogar com ele. Ele está em casa, é favorito, mas vou relaxar e desfrutar da minha primeira final Challenger. Será uma bom encontro entre dois jogadores em boa forma e estou ansioso para ter a minha vingança”.