Frederico Silva despediu-se esta quarta-feira do Oeiras Open 125. O número três nacional teve o jogo na mão frente a Facundo Bagnis, mas não conseguiu converter a vantagem de um set e de um break na vitória final. Após o encontro, o caldense passou pela sala de imprensa do Jamor para analisar o embate.
“Entrei bem no jogo, consegui jogar bem no primeiro set, consegui fazer a tática que tinha pensado. A ideia era não o deixar pegar muito com a direita, que é bastante perigosa, ser eu a comandar os pontos e a partir daí sabia que tinha mais hipóteses de ganhar o jogo”, começou por dizer. “Joguei bem no primeiro set, entrei bem no segundo, tive break points no 2-0 do segundo set. Aí é mérito dele, que jogou bem esse jogo, serviu bem, deu a volta e fez 2-1″, acrescentou o tenista de 26 anos.
Apesar de ter tido a vantagem de um break na segunda partida, Frederico Silva desvaloriza essa situação, uma vez que considera não ser tão determinante como noutro tipo de superfície: “A verdade é que também um break acima neste tipo de condições, com os campos lentos como estão, as bolas lentas como são, não é a mesma coisa do que estar um break acima por exemplo num piso rápido. Aqui, claro que sim, claro que é uma vantagem e é sempre bom estarmos break acima, mas não define tantas vezes o jogo como noutros pisos”.
O tenista das Caldas da Rainha disse ter sentido que Bagnis “melhorou um pouco e aumentou o nível” na altura em que o jogo equilibrou na segunda partida, o que tornou tudo mais complicado. O facto de serem ambos canhotos leva a que, na visão do tenista português, o encontro possa “tanto encaixar bem para um lado como para o outro”. “No primeiro set estava a encaixar bem para mim, no segundo começou a virar um pouco e acabou por encaixar melhor para ele e especialmente depois no terceiro set em que eu já não consegui voltar ao mesmo nível, em que me fui um bocado abaixo e comecei a ter algumas dúvidas em relação ao que devia fazer taticamente”, acrescentou.
No final de contas, Frederico Silva considerou ter perdido mal o encontro: “Perdi mal o jogo, acabei por perder mal. Às vezes os adversários virarem o segundo set pode acontecer, assim como também acontece muitas vezes ser eu a virar. Fiquei um pouco mais chateado comigo, por não ter conseguido manter o nível no terceiro set. A forma como o perdi não me deu boas sensações, porque senti que não acabei o jogo a jogar bem, acabei um pouco mais perdido taticamente e não foi um bom set. Acho que fiz dois bons sets e o terceiro não foi tão bem conseguido”.
Com Oeiras para trás, é hora de apontar baterias à fase de qualificação de Roland-Garros, o próximo torneio do caldense. Frederico Silva afirmou sentir que pode chegar a Roland-Garros “em melhor forma do que aqui”. “Vou viajar na sexta-feira para lá, temos a questão de ficar no quarto até saber o resultado, provavelmente só vou conseguir treinar no sábado. Mas acho que vou lá chegar bem preparado, as bolas também vão ser as mesmas que aqui, por isso não é uma situação diferente para nos adaptarmos”, concluiu.