O canadiano Denis Shapovalov despediu-se esta quinta-feira do Millennium Estoril Open. Na estreia em Portugal, o 14.º classificado do ranking ATP foi derrotado pelo francês Corentin Moutet (73.º ATP) em três sets e consequentemente afastado do ATP 250 português. No final do encontro, Shapovalov passou rapidamente pela sala de imprensa do Clube de Ténis do Estoril e analisou a derrota.
“Tenho que rever e falar com a minha equipa. O meu jogo está lá, mas quando entro nos encontros, não aparece. É um problema mental mais do que outra coisa, porque tenho treinado muito bem, a um nível muito alto, mas não consigo trazer esse nível para os encontros”, começou por dizer o tenista de 22 anos.
Habitualmente um jogador agressivo, Shapovalov não conseguiu que a agressividade o levasse a bom porto e afirmou não estar totalmente comprometido com os momentos do jogo: “Eu tento ser sempre agressivo, mas acho que não o fui suficientemente. Estava apenas a duvidar muito de mim em algumas pancadas e é por isso que as falho. Estou meio comprometido em avançar no court, meio comprometido em ficar atrás e fico um pouco confuso. É por isso que existem muitos erros. Acho que é mais um problema mental. Se me comprometer totalmente vou acertar aquelas pancadas, mas há alguma coisa que me puxa para trás nesses momentos”.
Ainda assim, a agressividade é algo que vai estar sempre presente no jogo do canadiano: “Quero jogar de forma agressiva, quero jogar o meu jogo. Sinto que quando o faço, posso vencer qualquer um. É apenas a questão das coisas clicarem e de me comprometer mentalmente, de não ter medo de falhar uma ou duas. É mais esse o problema neste momento”.
Algo “enferrujado” pela falta de encontros, Denis Shapovalov recusou a ideia de que a superfície tenha algo a ver com o momento menos bom. “Acho que não faz diferença ser terra batida ou não. É apenas uma questão comigo mesmo. Acho que se entrar no court e fizer bons volleys, não interessa muito a superfície em que jogamos”, disse.
O tenista canadiano contou esta semana com o apoio de Rohan Bopanna, com quem vai jogar no quadro de pares em Madrid, e deixou elogios ao tenista indiano: “É um bom amigo. Jogamos pares muitas vezes, vamos jogar na próxima semana e ele decidiu ficar cá e ajudar-me. Fico muito agradecido. Tem sido incrível, as coisas que ele me tem dito são muito boas, têm-me ajudado imenso. Tenho treinado muito bem com ele. É uma grande pessoa, um grande jogador e é muito inteligente, tem muita sabedoria que pode passar para mim”, afirmou.
A terminar, Denis Shapovalov deixou ainda no ar a promessa de uma segunda música com Corentin Moutet, o adversário desta quinta-feira: “Tenho a certeza que no futuro vamos voltar ao estúdio e fazer outra música. Ele é muito comprometido com a música”, concluiu.