Favorita Hercog e prodígio Burel jogam final de gerações no Oeiras Ladies Open

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — Depois de um longo dia, a eslovena Polona Hercog e a francesa Clara Burel marcaram encontro na final de singulares do Oeiras Ladies Open, o ITF de 60.000 dólares que a Federação Portuguesa de Ténis organiza no Complexo Desportivo do Jamor. Horas antes, Lidziya Marozava e Andreea Mitu conquistaram o título de pares.

Principal candidata ao título, Polona Hercog (número 74 do ranking WTA que já esteve no 35.º posto) começou o dia a superar a italiana Lucia Bronzetti, por 6-3 e 6-2, mas porque o mau tempo condicionou o desenrolar da ação nas jornadas anteriores precisou de regressar ao court para jogar a meia-final, que venceu após três partidas, com os parciais de 6-3, 3-6 e 6-3, contra Anhelina Kalinina.

Detentora de três títulos em torneios WTA (Bastad em 2011 e 2012 e Lugano em 2019), a experiente tenista eslovena de 30 anos procura, no Estádio Nacional, o 21.º título da carreira na variante de singulares. Em comum, as conquistas têm a superfície na qual se concretizaram: a mesma terra batida em que compete esta semana, no Jamor.

“Quem chega às últimas rondas é boa jogadora, mas às vezes sou a minha maior adversária”, observou Hercog depois desta jornada dupla. Sem medo de se assumir como favorita, a jogadora da Eslovénia afirmou que “ser a primeira cabeça de série e a única jogadora do top 100 mundial [no torneio] cria expetativas até no subconsciente, mesmo que queiramos apenas praticar, mas estou feliz por corresponder às expetativas e lutar pelo título amanhã. No papel sou a favorita, mas ela vai trazer o seu melhor jogo para a final.”

A separá-la do regresso aos títulos, Polona Hercog terá uma das maiores esperanças do ténis mundial: Clara Burel, francesa de apenas 20 anos que foi número um mundial de juniores em 2018 — o ano em que chegou às finais do Australian Open, do US Open e dos Jogos Olímpicos da Juventude e conquistou o Masters da federação internacional).

Atualmente no 177.º posto do ranking WTA (a melhor classificação da carreira foi alcançada na semana passada, dois lugares à frente), a jovem tenista protagonizou duas recuperações notáveis e igualmente surpreendentes para alcançar a final mais importante da carreira enquanto profissional: primeiro, recuperou de um set e break de desvantagem para derrotar a britânica Francesca Jones por 5-7, 6-4 e 6-2 após 2h58; e a fechar o dia voltou a inverter uma situação semelhante para sair por cima do encontro com Georgina Garcia-Perez com os parciais de 4-6, 6-4 e 6-1 em 2h29, negando à espanhola uma terceira final em Portugal (foi campeã dos ITFs da Figueira da Foz e do Porto em 2020).

“Estou muito cansada, foram dois encontros duros, duas batalhas. Não comecei bem em nenhum, mas lutei e o meu jogo melhorou jogo após jogo até que joguei muito bem os terceiros sets. Estou feliz por estar na final”, explicou a jogadora natural de Rennes, que não escondeu a surpresa por ter chegado à final: “Se me dissessem no início da semana não acreditava, mas tentei pensar que podia fazer um bom percurso aqui mesmo não estando a jogar o meu melhor ténis.” 

A final de gerações entre Polona Hercog e Clara Burel está marcada para as 10h30 deste domingo e será transmitida em direto pela Sport TV. O encontro coloca um ponto final numa série de três semanas de ténis internacional ao mais alto nível no Complexo Desportivo do Jamor, com o circuito feminino a seguir para o CETO — Clube Escola de Ténis de Oeiras com mais um ITF feminino de 25.000 dólares, antes de regressar ao Estádio Nacional para um derradeiro evento feminino dotado do mesmo prize money.

Total
0
Shares
Total
0
Share