Elizabet Hamaliy. Do sonho de jogar no Central a representar Portugal

Sara Falcão/FPT

OEIRASElizabet Hamaliy foi a figura do dia no Complexo Desportivo do Jamor, ao levar a melhor no duelo entre amigas com Ana Filipa Santos para inscrever o nome na segunda ronda do quadro principal de singulares do Oeiras Ladies Open, ITF de 60.000 dólares organizado pela Federação Portuguesa de Ténis.

No final, a jovem tenista de 20 anos passou pela sala de conferências de imprensa, onde falou sobre a sensação de defrontar uma jogadora que bem conhece, mas também o sonho de “atuar” pela primeira vez no court central do Estádio Nacional e de representar Portugal.

“Tinha a sensação de que ia jogar contra uma portuguesa na primeira ronda e que ia ser a Pipa”, começou por revelar, entre sorrisos, na conferência de imprensa que se seguiu à vitória mais importante da carreira. “O primeiro set foi bastante duro, ela é uma jogadora mais de terra batida e eu tive algumas dificuldades em começar o jogo, estava sem saber o que fazer e a jogar um jogo defensivo, quando o meu jogo é agressivo. Mas depois comecei a ganhar confiança, entrei mais no campo e passei a conseguir fazer o que queria. Fico feliz por ter ganho em dois sets, significa que melhorei em relação aos encontros anteriores.”

Questionada sobre a razão pela qual tem o ascendente no frente a frente, Hamaliy arriscou: “Acho que pode ser mais difícil para ela porque as jogadoras cá em Portugal são um pouco passivas e eu sou muito agressiva e assim um pouco maluca (risos). Bato na bola e não quero saber se ela vai dentro ou não.”

Sobre o court que foi palco do encontro, Elizabet Hamaliy revelou que “queria muito jogar neste court, porque este campo tem história e para todas as jogadoras portuguesas é um sonho jogar aqui, é como se fosse o court nacional.”

A viver em Portugal há cerca de uma década, a jovem tenista também falou do processo que, espera, deverá ficar concluído em breve: “Estou cá há quase 10 anos, quase há mais tempo do que estive na Ucrânia. Vim para cá com 11 anos e gosto muito de estar em Portugal e já me sinto mais portuguesa do que ucraniana. Estou muito empolgada por obter a nacionalidade portuguesa porque vai ajudar-me a competir em torneios como o Campeonato Nacional e, se calhar, a Fed Cup, que é um sonho para todas as jogadoras. Quero muito ser portuguesa.”

Somada a primeira vitória, o Oeiras Ladies Open continua para Elizabet Hamaliy, que está acompanhada pelo treinador, o ex-tenista Filipe Brandão. Primeiro com o encontro de pares, onde curiosamente formará parceria com a tenista que venceu esta segunda-feira, e depois com a segunda ronda de singulares, na qual terá como adversária a eslovaca Rebecca Sramkova, 10.ª cabeça de série e número 196 mundial

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