Com o ranking numa “salada russa”, Gastão Elias vê as próximas semanas como uma grande oportunidade

VALE DO LOBO — Campeão em Vilhena, vice-campeão em Vale do Lobo. Gastão Elias está a começar a temporada de 2021 perto do melhor possível e este domingo disputou a segunda final em dois torneios. Agora, tem pela frente aquelas que considera como semanas decisivas para escalar várias posições no ranking — sobretudo quando for descongelado — e regressar aos torneios do circuito Challenger.

“Tenho de aproveitar esta série de torneios que temos em Portugal. Acredito que tenho grandes oportunidades de subir no ranking neste próximo mês e meio e espero que depois desta sequência de torneios já tenha um bom ranking para jogar os quadros principais de Challengers. A partir daí logo se vê, porque para voltar aos torneios ATP ainda faltam muitos pontos e ainda por cima com o ranking congelado é quase preciso o dobro dos pontos para regressar lá acima”, respondeu depois da derrota para Evan Furness na final do Vale do Lobo Open Magnesium-K Active e após ser questionado sobre a importância das próximas semanas.

Depois de dois anos fustigados por lesões, Gastão Elias só em agosto regressou a 100% ao circuito. Agora, seis meses depois, lamenta que o sistema adotado pelo circuito mundial masculino no início da pandemia se mantenha e espera que a situação se resolva em breve: “Infelizmente fui um dos que saíram prejudicados com o congelamento do ranking, porque vim de um ano praticamente sem pontuar por causa das lesões e este congelamento não me deixa subir mais. Noutra altura qualquer com os pontos que tenho neste momento estaria muito mais acima do que estou agora, mas neste momento é difícil fazer contas, porque há muitas variáveis a considerar. O ranking está uma salada russa, por isso lá para o meio do ano veremos como fica.”

Uma passagem pelo ranking de há 52 semanas permite perceber que os 114 pontos que Gastão Elias tem atualmente significariam uma classificação superior à atual (é o 379.º): em fevereiro de 2020, o holandês Igor Sijsling ocupava o 338.º lugar com 114 pontos, mas para além disso é preciso considerar todos os pontos que os jogadores vão perder quando o ranking for descongelado. Por ter estado ausente devido a lesão, o português faz parte de um restrito grupo de tenistas que praticamente não tem pontos a descontar e, por isso, subirá ainda mais lugares, uma situação semelhante, por exemplo, a Nuno Borges.

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