Carlos Taberner derrotou Duje Ajdukovic por 7-5, 6-7(9) e 6-4 no encontro mais longo do torneio para carimbar acesso à final do Maia Open. 3H06 de uma enorme batalha, favorável ao mais cotado dos dois.
Num primeiro set equilibrado, tudo se decidiu na recta final: Ajdukovic ameaçou no oitavo jogo com dois pontos de break (salvos com uma jogada bem construída por Taberner e um erro não forçado) e ao décimo dispôs mesmo de um set point no serviço do espanhol. Mantendo a agressividade habitual (o croata fez imensos winners e erros directos), o mais jovem dos dois colocou uma esquerda na rede e Taberner não se fez de rogado, salvando não só esse jogo como alcançou a única quebra de serviço do parcial no seguinte (selada com um passing shot de esquerda),forçando os erros de Ajdukovic com bolas mais altas para o tirar do padrão de batida mais regular e preferido. Taberner fechou o set cedendo apenas um ponto.
Embalado e mais consistente, tudo levava a crer que o tenista de 23 anos ia caminhar para um triunfo em duas partidas, sobretudo porque granjeou um break madrugador, serviu duas vezes para a vitória e dispôs de três match points no tie-break. Mas Ajdukovic agarrou-se ao duelo disposto a abraçar a estreia em finais no circuito secundário.
No set de todas as decisões, até foi o croata a inicial melhor: salvou três break points no segundo jogo, sempre de forma corajosa, e minutos depois adiantou-se para 3-2. Só que a partir desse momento, o tenista de Valência puxou dos galões, colocou o máximo de bolas dentro do court e acabou por prevalecer no braço de ferro da semana que contou inclusive com picardias de ambos a partir do final do segundo set mas que foi concluído com um cumprimento simpático entre os dois. Após uma celebração efusiva, com direito a sentir a terra batida do court central do Complexo de Ténis da Maia, Ajdukovic fez questão, apesar de tudo, de ultrapassar a rede para congratular o o opositor.
No total, o talentoso croata foi feliz em cinco dos 13 pontos para quebrar o serviço, ao passo que o espanhol aproveitou sete de 20. Muitos breaks, muitas oportunidades, muita emoção na primeira meia-final do último torneio da época.
Apurado para a segunda final da temporada (venceu o título em Iasi, na Roménia, em setembro) e quarta da carreira (foi finalista duas vezes no final de 2017) no Challenger Tour, Taberner espera agora pelo vencedor do duelo entre o português Pedro Sousa e o amigo compatriota Zapata Miralles. Caso defronte Sousa, o mano a mano é desfavorável, com o número dois nacional a contar com quatro vitórias em seis duelos (mas com o espanhol a vencer dois dos últimos três, os únicos neste circuito, apesar de ter cedido o mais importante, nas meias-finais de Meerbusch, na Alemanha, no ano passado, num torneio vencido pelo lisboeta, o último dos seus sete títulos). Se for Zapata a prevalecer, o historial entre ambos está empatado a dois, todos eles em Futures espanhóis e o último já há três anos.