Pedro Sousa: “O primeiro e o terceiro set foram os meus melhores da semana”

Beatriz Ruivo/FPT

Três encontros, três vitórias e as quartas meias-finais da temporada. Pedro Sousa tem deixado a concorrência para trás e esta sexta-feira colocou-se a um passo da discussão do título no Maia Open, um dos dois torneios que esta semana colocam um ponto final no calendário do circuito ATP.

Em conferência de imprensa, o lisboeta de 32 anos revelou-se feliz com a vitória e fez um balanço positivo de dois terços do encontro: “Estou feliz porque o objetivo principal era ganhar. O primeiro e o segundo sets foram os melhores que fiz neste torneio, mas infelizmente a meio do segundo tive um pequeno apagão e ele ganhou-me três ou quatro jogos de seguida. Tenho de corrigir isso, se calhar com outro tipo de jogador poderia não ir a tempo de dar a volta, ao dar-lhe meio set de avanço, mas hoje felizmente consegui.”

O encontro desta sexta-feira foi o sexto da carreira frente a Kimmer Coppejans, belga em quem encontra semelhanças: “Temos jogos parecidos. Respondemos os dois melhor do que servimos e sentimos melhor a bola na esquerda, mas a direita não é um buraco. O nosso jogo encaixa bem e é sempre equilibrado porque há muitas trocas de bolas. Ganhei-lhe a final [em Blois, no último ano], mas esteve praticamente perdida e também tivemos um encontro muito duro em Florença, em que estive a ganhar por 5-0 no segundo set e acabou com uma ’tourada’ [desperdiçou cinco match points, mas venceu no tie-break].”

A separá-lo da quarta final do ano, Pedro Sousa terá o espanhol Bernabé Zapata Miralles, um jogador que o número dois português conhece bem: “Depois da quarentena ele voltou em grande forma, fez uma final e conquistou um título. Ganhou a jogadores bons e é um jogador muito perigoso. Já o era ante, mas parece que agora se alinhou e diz que também perdeu peso, trabalhou muito o físico. Antes descontrolava-se algumas vezes, mas agora está mais forte nesse aspeto e vai ser muito difícil. Não tem nenhum ‘buraco’, vi-o jogar com o Nuno e o segundo set foi impressionante. O Nuno nem jogou mal, mas praticamente não ganhou pontos. Vai ser muito complicado.”

Para além de um encontro em Punta del Este, no Uruguai — que o tenista português ganhou —, Pedro Sousa também partilhou o court com ele algumas vezes, a última das quais em Roland-Garros, numa sessão de treinos antes do espanhol ser retirado do torneio na sequência de um teste positivo do seu treinador. E apesar de partir como favorito, diz que dentro do campo tudo estará em aberto: “Para mim isso é indiferente e para ele também, quando chegarmos lá dentro o ranking não interessa e tenho a certeza de que não vai influenciar em nada. Vou dar o meu melhor, tentar impor o meu jogo e o melhor vai ganhar.”

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