Após a vitória sobre o amigo Gastão Elias e o apuramento para os quartos de final do Maia Open, Pedro Sousa passou pela sala de conferências de imprensa para analisar o triunfo por 6-2 e 6-4 em quase duas horas.
“Foi um encontro duro. acho que o resultado não mostra que foi tão duro como acabou por ser. Todos os jogos estavam a ser disputados, qualquer um podia ganhá-los e estavam a cair para o meu lado. É verdade que no início do segundo set podia ter descolado com dois breaks, tive algumas oportunidades e não as aproveitei e depois as coisas começaram a cair para o lado dele. Chegou a ter um break de vantagem, mas foi como disse, o jogo esteve sempre equilibrado, tanto nos meus jogos de serviço como os dele”, realçou.
Nessa ocasião no segundo parcial, após desperdiçar as oportunidades, Gastão Elias operou quatro jogos consecutivos. Sobre esse momento, o lisboeta admite que receou perder o ascendente no set. “Obviamente que me passou pela cabeça já poder estar no balneário, mas não vale muito a pena. Sabia que o jogo estava apertado e isto é ténis, pode acontecer perfeitamente. Ainda para mais não acho que tenha jogado mal. Estávamos a jogar bons pontos, pontos longos e foi uma questão de alguns deles não caírem para o meu lado como estavam a cair. Tive de aceitar e continuar a tentar”.
A disputarem o segundo embate em pouco menos de dois meses, Pedro Sousa considerou este na Maia “muito melhor do que o do CIF apesar de ter sido em dois sets” porque em Lisboa era o clube de ambos onde jogaram inúmeras vezes. “Aqui soubemos lidar melhor com os nervos porque tivemos essa experiência anterior”, apontou. “As condições aqui na Maia estão muito lentas e é um risco muito grande tentar desequilibrar o ponto. Como nos conhecemos muito bem estávamos a anular-nos e os pontos foram longos. Estávamos à espera da bola certa e muitas vezes essa bola vinha tarde, jogámos com muito cuidado”.
Nos quartos de final desta sexta-feira, o tenista de 32 anos medirá forças com o belga Kimmer Coppejans, a quem bateu por três vezes em cinco confrontos. “Já jogámos bastantes vezes, conhecemo-nos muito bem. O ano passado jogámos vezes. Vai ser bastante difícil. Ele é muito sólido, forte fisicamente, devolve muitas bolas e responde bem. Nestas condições vai ser muito duro de bater”, anteviu Sousa que não quer pensar mais além do duelo de amanhã. “O nível do torneio está muito alto e não vale a pena pensar no domingo se ainda estou nos quartos de final”.
Após o encontro da segunda ronda, Pedro Sousa ainda voltou a entrar em court ao lado do também amigo Gonçalo Falcão. A dupla cedeu nos quartos de final da variante de pares perante Lloyd Glasspool e Harri Heliovaara por 6-2 e 6-3.