Depois de Pedro Sousa e Gastão Elias, na jornada anterior, esta quarta-feira foi a vez de Frederico Silva dar início à participação no Maia Open de forma positiva para inscrever o nome na segunda ronda do quadro principal de singulares do torneio, que a Federação Portuguesa de Ténis organiza com o apoio da Câmara Municipal da Maia pelo segundo ano consecutivo.
Recém-chegado de São Paulo, onde no domingo jogou a primeira final da carreira em torneios do ATP Challenger Tour, o número quatro nacional e 183.º ATP não acusou dificuldades na adaptação às condições do complexo maiato e muito menos problemas de jet lag: em apenas 73 minutos, venceu o francês Hugo Grenier (255.º) por 6-3 e 6-2.
Na estreia no Maia Open, Frederico Silva — que está a nove lugares do melhor ranking da carreira, alcançado há sensivelmente um ano — entrou com tudo, ao fazer dois breaks de entrada que lhe permitiram ganhar conforto e construir a vitória. O primeiro set até podia ter terminado ao 5-2, num jogo em que dispôs de dois set points, mas fê-lo no seguinte e ganhou embalo para entrar na segunda partida com mais uma quebra de serviço. Apesar de a ter perdido pouco depois, o pupilo de Pedro Felner manteve-se no comando e o encontro caiu rapidamente para o seu lado, um cenário ideal atendendo à longa viagem que teve pela frente e a variação nas condições de jogo entre os dois torneios.
E as condições de jogo foram precisamente um dos fatores em destaque na conferência de imprensa, não tanto pelo duelo frente ao francês, mas sim pelo reencontro com o italiano Andrea Arnaboldi — que na véspera eliminou o grande favorito Pedro Martínez, 85.º ATP e no mês passado venceu Frederico Silva em três sets no Challenger de Parma, em Itália.
“O principal fator será mesmo a diferença de superfícies. Em Parma jogámos num campo indoor rápido, provavelmente o torneio com a superfície mais rápida em que joguei em toda a minha carreira, enquanto amanhã vamos jogar em terra batida. De certa forma isso pode jogar a meu favor, mas o Arnaboldi é um jogador com muita experiência e que já teve ótimos resultados. Tem boas qualidades nos dois pisos, por isso vai ser um encontro bastante duro”, contou.
Frederico Silva foi o terceiro e último tenista português português a avançar para a segunda ronda de singulares do Maia Open e voltará à ação já na quinta-feira, dia em que também irão a jogo os seus compatriotas.
Um mês depois de terem estado frente a frente no Lisboa Belém Open, num duelo da primeira ronda, os bons amigos Pedro Sousa e Gastão Elias vão voltar a medir forças (às 13 horas), desta vez por um lugar nos quartos de final do Maia Open, que coloca um ponto final no calendário de provas da ATP em 2020.
Para além desses, serão jogados outros dois encontros de singulares: o campeão em título, Jozef Kovalik, terá pela frente o qualifier Altug Celikbilek (eliminou Tiago Cação no qualifying e Gonçalo Oliveira já no quadro principal) e o espanhol Carlos Taberner, que venceu João Domingues na primeira ronda, jogará com Alexey Vatutin.
Nos quartos de final estão já o belga Kimmer Coppejans, que nem precisou de entrar em campo para seguir em frente, e Bernabe Zapata Miralles, responsável pela eliminação do maiato Nuno Borges na primeira ronda e do veterano Paolo Lorenzi, de 38 anos, por claros 6-1 e 6-0 no duelo que abriu a jornada desta quarta-feira.
Já no fim do dia, somou-se a primeira vitória portuguesa na variante de pares, com o duelo de wild cards a sorrir a Pedro Sousa e Gonçalo Falcão, ao vencerem Tiago Cação e Luís Faria pelos parciais de 6-1 e 6-2.