Reviravolta afasta Gonçalo Oliveira na estreia no Maia Open

Beatriz Ruivo/FPT

MAIAGonçalo Oliveira foi o escolhido para abrir uma “super terça-feira” recheada de ação para o ténis português no Maia Open e esteve perto de o fazer com uma vitória, mas não conseguiu segurar a liderança e sofreu uma reviravolta que significou o fim de linha nos singulares — resta-lhe, agora, o quadro de pares, no qual defende o estatuto de primeiro cabeça de série.

Convidado pela organização, o número cinco nacional e 287 do ranking mundial perdeu por 2-6, 7-5 e 7-6(3) para Altug Celikbilek (318.º)  depois de 2h20, no primeiro duelo do dia no court central do Complexo de Ténis da Maia.

O duelo desta terça-feira foi o primeiro entre o turco e o português, natural da cidade do Porto, que demorou pouco a fazer a diferença. Ofensivo desde a primeira bola, Oliveira forçou Celikbilek a deslocações desde os primeiros instantes e não precisou de muitas pancadas para lhe causar dificuldades, fazendo da superioridade no frente-a-frente do fundo do court para causar dificuldades a um adversário que começou a semana na fase de qualificação, onde deixou pelo caminho o português Tiago Cação.

Depois de cinco jogos de sentido único, Celikbilek soltou o braço e conseguiu entrar no marcador para reduzir a diferença, mas Oliveira reagiu a tempo de estancar a recuperação e, depois de perder uma das quebras de serviço de avanço, voltou a elevar o nível da pancada de serviço para fechar o primeiro parcial.

Tal como no primeiro, também no segundo set o jogador da casa conseguiu entrar com o pé direito e venceu um jogo no serviço do adversário logo no arranque. Mas desta vez a vantagem ganha não foi suficientemente dilatada para o português de 25 anos estar livre de perigo e a partir do momento em que devolveu o break, ao sexto jogo, Celikbilek ficou completamente dentro do jogo. A servir primeiro, o turco abriu o jogo, apostou em mais variações e segurou com relativa facilidade os jogos seguintes, colocando a pressão do lado do português, que a servir a 5-6 ainda conseguiu anular os dois primeiros break points para chegar às vantagens, mas ao quarto colocou uma esquerda paralela na rede e permitiu ao turco igualar o marcador.

O terceiro e último set foi o mais instável entre todos: nenhum dos jogadores conseguiu ser consistente na pancada de serviço e a partir do segundo jogo verificaram-se cinco quebras de serviço consecutivas. Quem saiu por cima foi o tenista turco, que se colocou pela primeira vez em vantagem no encontro e agarrou uma vantagem de 4-2, mas ao nono jogo o tenista português insistiu e fez o break num momento fundamental para continuar a discutir o resultado. Com muito equilíbrio, a reta final do duelo foi dramática: no 5-5, Gonçalo Oliveira explorou bem o court e numa subida à rede, com o campo aberto, teve na raquete a possibilidade de quebrar mais uma vez o serviço a Altug Celikbilek para ficar muito bem encaminhado para a vitória, mas colocou a direita fora dos limites legais e o momentum virou, com o turco a vencer 10 dos 13 pontos seguintes para carimbar a vitória.

A derrota de Gonçalo Oliveira na manhã desta terça-feira segue-se à de Nuno Borges, ainda na segunda-feira, e reduz a comitiva portuguesa ainda em prova na variante de singulares a quatro representantes: Pedro Sousa, João Domingues e Gastão Elias jogam ainda esta terça-feira, enquanto Frederico Silva, que jogou a final do Challenger de São Paulo no domingo, só se estreia na próxima jornada.

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