Um dia depois da primeira vitória no ATP Challenger Tour, Luís Faria não conseguiu o apuramento para o quadro principal do Maia Open, após perder com o checo Michael Vrbensky por 6-4 e 6-4 em quase 2 horas.
Com a confiança no máximo após bater o estadunidense Alafia Ayeni, o tenista vimaranense bateu-se muito bem frente ao carrasco de João Monteiro no sábado. Até foi quem iniciou melhor contenda, quando dispôs imediatamente de um break point no jogo inaugural mas não desferiu o melhor volley na intercepção a um passing shot do checo. O actual 309 do ranking ATP, que em agosto chegou às meias-finais num Challenger local cedendo apenas para Stan Wawrinka, forçou a nota na resposta, o que acabou por fazer a diferença entre os dois, e arrecadou o primeiro parcial.
Tudo muito similar no set seguinte. Vrbensky mais perto da quebra de serviço, mas duelo nivelado. A chave do set e do encontro surgiu no oitavo jogo: com break de avanço (depois de pontos de break salvos pelo português ao longo do parcial), Faria teve na sua raqueta quatro oportunidades para igualar o placar. E se nos dois primeiros pouco podia ter feito, nos últimos desperdiçou um volley amortecido e um amortie, com o checo a sair de apuros com o seu bom serviço.
No final, muito boa réplica dada pelo tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis. Lutou de igual para igual frente a um adversário quase 500 lugares acima no ranking e sai da Maia com o primeiro triunfo no circuito secundário (fica ainda a aguardar por um eventual lugar como lucky loser no quadro principal, ainda que seja uma possibilidade remota). Já Vrbensky pode defrontar outro português a partir de segunda-feira, já que tanto Pedro Sousa como Gonçalo Oliveira vão defrontar jogadores oriundos da fase de qualificação.