FIGUEIRA DA FOZ — Houve sol, chuva e trovoada, mas tudo se resolveu a tempo de Duarte Vale e Luís Faria regressarem ao court para a conclusão a última meia-final, que resultou no apuramento do jogador da University of Florida para o encontro de atribuição do título no Tennis Club da Figueira da Foz, onde se joga a derradeira etapa do novo Circuito Sénior FPT.
Os dois jogadores voltaram a estar frente a frente três semanas depois de terem medido forças no Open de Oeiras e o desfecho voltou a ser o mesmo, com Duarte Vale a triunfar por equilibrados 7-5, 3-6 e 6-3 para se juntar a Nuno Borges na grande final de domingo.
Num “choque” pautado pelo equilíbrio, Faria não só foi o primeiro a criar oportunidades de break, como a dispor de um set point, mas não as conseguiu concretizar e, ao 11.º jogo, sofreu uma quebra de serviço que decidiu o parcial. Embalado, Vale continuou ao ataque e conseguiu novo break logo ao terceiro jogo, mas o jogador do Centro de Alto Rendimento não se deu por vencido e, com breaks ao sexto e ao oitavo jogo, tomou controlo da situação.
Por essa altura já os primeiros trovões tinham aparecido e pouco depois chegou a precipitação, que forçou a mais de uma hora de interrupção do jogo. No reatar, Luís Faria conseguiu fechar o segundo set para se manter na discussão do encontro, mas foi Duarte Vale quem lidou melhor com as novas condições de jogo e acabou por conseguir a vitória.
“É um alívio. A pausa deixou-me nervoso, porque quando entro no jogo os nervos vão-se. Para além de contente, estou aliviado. Voltei a jogar muito melhor do que antes e beneficiei mais com a paragem do que ele”, confessou logo após o encontro.
Na entrevista pós-vitória, Duarte Vale admitiu que a boa atitude — que é seu apanágio — foi essencial para selar a vitória: “Ajudou bastante. Fui muito positivo e disse a mim mesmo que tudo aquilo que saía da minha boca ia ser positivo. Quer para o adversário, quer para mim. Isso cria boa energia. No início não estava a jogar bem e há coisas que não conseguimos controlar, todos temos maus dias, mas a minha atitude é algo que posso sempre controlar. Não há razão nenhuma para me queixar ou deixar-me ir abaixo. Essas são coisas que podemos controlar.”
Na grande final de domingo, que começará depois da decisão feminina (15h) entre Francisca Jorge e Inês Murta, Duarte Vale terá como adversário Nuno Borges, que tal como ele passou — e com enorme sucesso — pelo circuito universitário norte-americano.
Última atualização às 23h01.