LISBOA — A viver uma nova normalidade, o ténis português recebeu esta terça-feira uma “visita bastante importante” do Comité Olímpico de Portugal (COP), considerou o presidente da Federação Portuguesa de Ténis, Vasco Costa, depois de uma tarde em que confiança e esperança foram as palavras-chave.
Ao segundo dia de Circuito Sénior FPT no Lisboa Racket Centre, o responsável federativo, em conjunto com o diretor de torneio e do clube, Armindo Mirante, deu as boas-vindas ao presidente do COP, José Manuel Constantino, que se fez acompanhar pelo diretor desportivo, Pedro Roque, e pelo chefe de missão Tóquio 2021, Marco Alves, numa visita que culminou no reencontro com João Sousa e o seu treinador, Frederico Marques.
“Este sinal de apoio na altura da retoma da atividade competitiva é bastante importante, não só para dar força à Federação Portuguesa de Ténis como ao próprio atleta, que em princípio estaria apurado para os Jogos Olímpicos caso se realizassem este ano. Esperemos que o João Sousa se consiga apurar para Tóquio 2021, mas também temos a esperança de conseguir ter outro jogador apurado para termos um par português a jogar os Jogos Olímpicos”, considerou Vasco Costa.
Desafiado a avaliar o significado da conquista de uma medalha para o ténis português, o presidente da Federação Portuguesa de Ténis não hesitou em afirmar que “seria mais um feito histórico para o ténis português, que em grande parte tem conseguido muitos através do João Sousa. Seria muito significativo o ténis português ter uma medalha olímpica e seria um motivo de grande orgulho não só para os atletas, mas também para a Federação.”
José Manuel Constantino, o presidente do Comité Olímpico de Portugal, explicou que “o COP está a visitar todos os núcleos de treino e preparação desportiva de atletas integrados na missão olímpica para os Jogos de Tóquio e aproveitámos esta circunstância para visitar o João, estar um bocadinho com ele e com o presidente da Federação Portuguesa de Ténis e transmitir-lhes uma palavra de esperança e confiança relativamente ao seu apuramento para os Jogos Olímpicos em Tóquio no próximo ano.”
Otimista em relação a “um resultado que corresponda àquele que é o valor desportivo do João Sousa”, José Manuel Constantino reiterou que “há esperança de que será possível fazer melhor do que o resultado alcançado no Rio de Janeiro” e explicou que encontrou “um João Sousa interessado, motivado, o seu treinador também e o senhor presidente da Federação Portuguesa de Ténis também motivado de modo a que a representação nacional na modalidade de ténis possa ter um resultado desportivo que orgulhe os portugueses.”
Salientando que “o ténis é uma das modalidades desportivas de maior impacto em termos internacionais”, o responsável máximo pelo COP acrescentou que o facto do desporto voltar a estar representado pelos seus melhores elementos nos Jogos Olímpicos é “um enorme fator de valorização” para a competição, para o ténis e para o desporto.
“Historicamente, o ténis é uma das modalidades que mais anos esteve presente no programa dos Jogos, mas nem sempre foi representada ao seu mais elevado nível, o que de algum modo tem sido alterado nos últimos anos com os grandes nomes do ténis internacional, como é o caso do João Sousa, que é uma das grandes figuras do ténis internacional, a participarem nos Jogos Olímpicos”, concluiu José Manuel Constantino.