Não parece haver volta a dar: a edição de 2020 do torneio de Wimbledon vai ser cancelada devido à pandemia de coronavírus que continua a alastrar-se pela Europa.
Apesar de ainda não ser oficial, a decisão já terá sido tomada. Quem o disse foi o sempre bem informado Dirk Hordorff, vice-presidente da Federação Alemã de Ténis, que falou com a delegação da Sky Sports daquele país: “Estou envolvido nas direções da ATP e da WTA e as decisões necessárias já foram tomadas e Wimbledon vai decidir-se pelo cancelamento na quarta-feira. Não há dúvidas em relação a isso.”
Para o responsável alemão não há outra hipótese. “É uma decisão necessária tendo em conta a situação atual. É completamente irrealista imaginar que, com as restrições de viagens que temos atualmente, um torneio internacional de ténis com centenas de milhares de pessoas de todo o mundo envolvidas possa ir para a frente. É impensável.”
Apesar da possibilidade de adiar o torneio se manter no ar, esse cenário é altamente improvável: o período de junho/julho é o ideal para Wimbledon acontecer devido aos cuidados que a superfície (relva natural) exige mas também por causa da luz natural, que só no verão é propícia a um torneio desta dimensão.
Ao contrário de Roland Garros, o All England Club tem uma cláusula no seguro que cobre os gastos inerentes a Wimbledon no caso de uma pandemia, o que significa que quer o torneio de Wimbledon, quer o próprio clube quer ainda a Lawn Tennis Association (a Federação de Ténis Britânica) não deverão ser significativamente afetados pelo cancelamento desta edição.
A confirmar-se o cancelamento, será a primeira vez desde 1945 que o torneio de Wimbledon não se realiza. Na altura, esteve interrompido durante seis temporadas (1940-1945) devido à Segunda Guerra Mundial, depois de ter sido colocado em suspenso noutras quatro (1915-1918) por causa da Primeira Guerra Mundial.