Francisca Jorge: “Ser campeã nacional é um estatuto muito positivo”

Três anos, três títulos. Assim se faz o balanço das últimas participações de Francisca Jorge no Campeonato Nacional Absoluto. O Raquetc conversou com a nova tricampeã nacional logo após a conclusão da final, onde a número um portuguesa venceu a irmã, Matilde Jorge, por 6-3 e 6-0.

“Acho que é muito bom [ser tricampeã] porque é a prova rainha. Acho que ser campeã nacional é um estatuto muito positivo no ténis português”, começou por dizer a vimaranense.

Em relação ao encontro, Francisca Jorge mostrou-se satisfeita com a exibição e com o facto de ter sido capaz de superar as dificuldades: “Como tinha dito, ainda não tinha feito muitos jogos neste torneio e a insegurança que senti nas meias-finais devia-se a isso. Hoje senti que estava mais preparada para enfrentar melhores pontos. Joguei um bocadinho melhor hoje do que ontem, e se não o tivesse feito ia ser um bocadinho mais apertado. No geral, foi um jogo muito positivo porque penso que estive bem. Sempre um bocadinho tensa, não por ser a minha irmã, mas por ser uma final. Penso que foi muito positivo, porque consegui superar as dificuldades e hoje fui superior.”

Na hora de olhar aos últimos três anos, que terminaram sempre com a vitória na prova, a vimaranense de 19 anos faz um balanço positivo da sua evolução e atribuiu ainda um significado especial à primeira das três finais que venceu, frente a Maria João Koehler. “A minha primeira final, contra a Maria, foi a mais especial para mim emocionalmente. A Maria ainda tem nome no ténis português, apesar de já não jogar. Foi uma jogadora muito boa, mesmo depois da lesão. Senti que queria muito ganhar, porque ela tinha o estatuto de ser campeã nacional, e eu sendo mais nova queria mostrar que estava a treinar e a jogar bem, que vou ser boa jogadora”, disse.

“Ao longo dos anos, sinto que tenho evoluído. Durante as épocas há altos e baixos, mas penso que estou numa boa onda agora. É continuar a trabalhar, e realmente três campeonatos já é qualquer coisa”, acrescentou.

Uma final entre as duas irmãs todos os anos. Francisca assinava já por baixo? “Assinava, eu assinava. É sempre muito complicado, eu preferia jogar contra ela numa das primeiras rondas, porque é sempre aquela pressão de jogar com a irmã. Mas assinava, porque é minha irmã e apesar de tudo, queremos o bem uma da outra. Ganhe quem ganhar, vamos sair de sorriso na cara”, concluiu.

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