Cori Gauff: “Acho que foi o primeiro jogo onde tinham um cântico para mim”

Fotografia: Garrett Ellwood/USTA

A norte-americana Cori Gauff continua a viver o sonho. Depois de uma grande prestação em Wimbledon, a jovem de 15 anos iniciou o US Open com uma difícil vitória sobre a também jovem Anastasia Potapova, em três sets.

“Foi de loucos”, começou por dizer Gauff, em conferência de imprensa. “Obviamente que estava nervosa ao entrar no court. É um court gigante e é o Grand Slam do meu país, portanto queria sair-me bem”, acrescentou.

O público teve um grande papel no desfecho do encontro, na ótica da número 140 mundial. “O público ajudou-me imenso durante o jogo. Foi um grande ambiente para se jogar e uma grande experiência para mim”, disse, comparando depois com a atmosfera de Wimbledon: “Foi diferente porque em Wimbledon, no meu primeiro jogo, as pessoas torciam por mim mas ainda havia muita gente a torcer pela Venus, enquanto que aqui torceram apenas por mim. Acho que foi o primeiro jogo onde tinham um cântico para mim e isso foi muito bom”.

A certa altura, Potapova necessitou de um medical timeout para tratar um problema no ombro. Gauff explicou o que lhe surgiu no pensamento na hora de reatar o encontro: “Eu apenas queria muito vencer, estava a tentar lutar ao máximo. O meu pensamento era que tinha de obrigá-la a jogar, que ela não me ia entregar o jogo numa bandeja.

Tivemos alguns pontos longos, depois consegui alguns winners aqui e ali. Honestamente, não me recordo muito bem do jogo porque ainda é tudo uma nuvem. Mas lembro-me que no 4-4 foi um jogo de muita batalha”, disse.

O encontro não começou bem para Gauff, que cometeu três duplas faltas e começou a perder por 0-3. Nessa altura, levantou as mãos em direção ao seu camarote e explicou posteriormente o porquê. “Estava a dizer-lhes para ficarem mais extasiados”, atirou. “Precisava de energias positivas. Estava nervosa. Olhar para eles e ver um punho cerrado dá-me alguma segurança. Acho que também estavam nervosos e queriam ficar mais reservados. Mas o meu pensamento era que eu precisava deles em pé, de alguma coisa que me ajudasse porque estava a perder 0-3.

Depois de algum tempo, ajudaram-me. Estava apenas a tentar deixá-los a eles e ao público em êxtase”, concluiu.

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