Roger Federer reservou um lugar na final de Wimbledon pela 12.ª vez na carreira ao derrotar o rival de longa data Rafael Nadal em quatro sets, por 7-6(3), 1-6, 6-3 e 6-4.
A um mês de celebrar o 38.º aniversário, o helvético realizou uma das melhores exibições de sempre frente ao espanhol — apoiando-se num ténis muito agressivo para lhe retirar tempo e soluções — e no final mostrou-se em êxtase por ter conseguido a vitória.
“É sempre muito, muito bom jogar contra o Rafa aqui, especialmente porque já não o fazíamos há tempo tempo. [O encontro] esteve à altura das expetativas, jogámos os dois muito bem. E depois o clímax, no fim, com aquele último jogo de loucos e algumas trocas de bolas muito difíceis. Teve um pouco de tudo, o que foi ótimo.”
“Neste momento estou muito aliviado por ter terminado. Vai ser definitivamente um dos encontros que vou gostar mais de recordar”, acrescentou Federer, que na final de domingo, frente a Novak Djokovic, procurará estender o recorde de títulos conquistados em Wimbledon para nove.
Sobre a preparação para esse encontro, o suíço diz que já não há segredos: “É como preparar o jogo com o Rafa. A partir do momento em que defrontas alguém, digamos, mais de 15 vezes, especialmente por muitas vezes nos últimos anos, não há muito mais a descobrir. Sabes para onde é que o jogador vai, o que é que gosta de fazer, por isso no final do dia tudo se resume a quem é melhor nesse dia, quem é mais forte mentalmente e quem tem mais energia.”
E se pensa que Roger Federer apostará numa preparação detalhada para o encontro dentro do court, engana-se. “Neste momento não tenho muitas energias para ir treinar. É como na escola — no dia de um exame não vais ler não sei quantos livros. O trabalho foi feito muito antes e acho que foi por isso que hoje consegui produzir um bom resultado, tem sido um ano muito sólido, venho de ganhar Halle e as estrelas estão alinhadas.”
Mas o aviso fica feito: “Não faz sentido começar a celebrar já porque feliz ou infelizmente ainda me falta mais um encontro e tenho de me manter concentrado. Foi algo que aprendi a fazer com a experiência.”