Responsável por uma das maiores surpresas desta quarta-feira em Wimbledon, ao eliminar o suíço Stan Wawrinka em cinco sets, Reilly Opelka era um tenista satisfeito no final do encontro. Em conferência de imprensa, o tenista norte-americano fez uma análise do encontro.
“Comecei o jogo a executar muito o serviço seguido de volley e ele [Wawrinka] estava a matar-me. Estava a responder muito bem, a colocar muitas bolas nos meus pés. Ao início tive muito sucesso com o serviço e volley, mas ele adaptou-se, leu melhor o meu serviço e tornou-se difícil para mim vencer pontos na rede, pelo que hoje tive de jogar muito na linha de fundo”, afirmou o tenista natural do Michigan.
De encontro marcado com Milos Raonic na terceira ronda, o gigante norte-americano revelou que não espera trocas de bola muito longas e fez uma pequena análise ao estilo de jogo do canadiano: “Felizmente já o vi muitas vezes [o estilo] ao jogar com o [Kevin] Anderson, com o [John] Isner, com o [Sam] Querrey. Existem muitos jogadores hoje em dia que são semelhantes, com estilos parecidos, altos e com grandes serviços. Ele [Raonic] tem sido um jogador muito bom e relva e tem tido bons resultados, especialmente em Wimbledon. Ele é o favorito, tem mais experiência aqui e isso permite-me jogar mais solto e confiar no meu jogo.”
Logo de seguida, surgiu um momento caricato, com um dos jornalistas presentes na sala de imprensa do All England Club a questionar Opelka sobre o porquê de estar ali e não na NBA (a liga norte-americana de basquetebol). O tenista de 21 anos, que mede 2,11m, revelou na resposta, entre sorrisos, que se arrepende de não ter seguido a modalidade. “Boa pergunta. Quem me dera lá estar. Arrependo-me todos os dias e isso é tudo o que vou dizer. Gosto muito de basquetebol, é o meu desporto favorito. Já não jogo muito, mas faço uns lançamentos todos os dias quando estou em casa. Mas nunca joguei a sério, em nenhuma organização”, atirou.
O facto de Opelka ser particularmente alto levantou questões acerca dos problemas com que tem que se debater no dia a dia, nomeadamente em termos de alojamento. O norte-americano revelou estar confortável em Wimbledon, mas passou por um mau bocado na semana anterior em Eastbourne.
“Estou confortável, fiquei num hotel que tem sido excelente para mim. Na semana passada, em Eastbourne, foi complicado. É uma cidade mais velha, foi mais complicado para mim. Não cabia na cama, não havia ar condicionado e estava muito calor. Todos os anos chego lá e nunca há ar condicionado. Eu pergunto o porquê e dizem-me que é porque nunca faz calor ali. Mas eu chego e vejo temperaturas altas e penso em como isso não é verdade”, concluiu.