Num duelo entre realeza foi Naomi Osaka quem ficou com a coroa

PARIS, França — Teve duas campeãs do Grand Slam como protagonistas, uma número um e uma ex-número um, e era considerado por todos como o grande duelo da quinta jornada de Roland Garros. Não desiludiu e no final, depois de muito drama e emoções, teve como vencedora a melhor jogadora da atualidade.

Neste duelo de realeza, Naomi Osaka derrotou Victoria Azarenka por 4-6, 7-5 e 6-3 ao fim de cativantes 2h50.

Dois dias depois de ter sofrido para ultrapassar um encontro de estreia muito complicado, a japonesa de 21 anos voltou a entrar mal. Algo apática, Osaka deixou-se rapidamente desorientar e porque do outro lado estava uma Azarenka em ascensão — em Roma derrotou Elina Svitolina e Garbiñe Muguruza — não foi estranho vê-la tomar rapidamente as rédeas do encontro para vencer o primeiro set, mesmo se ainda viu ser encurtada uma confortável liderança de 4-0.

A recuperação do parcial inaugural não foi suficiente para Naomi Osaka se adiantar no marcador, mas serviu de motivação para a líder do ranking e campeã em título do US Open e do Australian Open aumentar o nível de jogo, tornando rapidamente o encontro num duelo imperdível — tal como se esperava.

Entre trocas de bola entusiasmantes do fundo do court, com variações de direção e vários winners (no total foram 87 — 52 da parte da japonesa e 35 da raquete da bielorrussa) que em muitos casos aterraram em cima das linhas, Osaka e Azarenka protagonizaram um dos melhores encontros do torneio e, até, da temporada numa superfície que nenhuma tem como eleição.

Foi o choque entre campeãs do Grand Slam e líderes do ranking — cada uma a seu tempo — que o Court Suzanne-Lenglen (aquele que presta homenagem à maior campeã da história do ténis francês) merecia e que acabou mesmo por ter até ao fim, porque nem quando a vitória de Osaka já parecia certa o marcador teve sossego. Azarenka ainda conseguiu recuperar uma das quebras de serviço e ameaçou a segunda, mas era tarde de mais.

O olhar e a expressão de Naomi Osaka diziam tudo, mesmo nos momentos de aperto. Desta vez, não estava preocupada — mas sim confiante.

E assim a nova superestrela do ténis japonês (e mundial) igualou o melhor resultado da carreira em Roland Garros, que lhe permite chegar às 16 vitórias consecutivas em torneios do Grand Slam.

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