E esta? Carlos Taberner ganhou um encontro a servir sempre por baixo

Carlos-Taberner
Fotografia: Margarida Moura/Federação Portuguesa de Ténis

BRAGA – Se o serviço é considerado a pancada mais importante do ténis, o que fazer quando executá-lo significa sujeitar-se a um pesadelo intolerável? Quem não tem cão caça com gato e por isso Carlos Taberner foi à luta. O resultado? A vitória num encontro em que não executou um único serviço “tradicional”.

Lesionado na zona abdominal, o jogador natural de Valência (que é o número 283 do mundo) não quis abdicar da participação no Braga Open e por isso foi a jogo com as restantes armas do seu portfólio. Em destaque, claro, um serviço “por baixo” extremamente afinado, que apesar de ter perdido rapidamente o efeito surpresa conseguiu servir de arma.

O primeiro parcial ainda foi muito equilibrado — só ficou concluído ao fim de 68 minutos e com recurso a um tie-break —, mas no segundo o belga Arthur De Greef (quarto pré-designado) não conseguiu manter-se na luta e Carlos Taberner, o guerreiro Carlos Taberner, ficou mesmo com a vitória: 7-6(4) e 6-1 foram os parciais finais.

E assim o tenista espanhol de 21 anos (que na primeira ronda não tinha apresentado dificuldades na execução da pancada tradicional) já está nos oitavos de final do torneio português, tendo até sido um dos primeiros a seguir para essa fase — o que lhe vale um dia de (tão importante) descanso na jornada de quarta-feira.

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