LISBOA – Numa final 100% portuguesa, a vitória sorriu a João Monteiro, que superou a chuva e o também muito talentoso Nuno Borges (que o forçou a uma enormíssima batalha), por 6-4, 1-6 e 7-5, para se sagrar campeão do 2.º Open de São Domingos, sucedendo a Fred Gil na lista vencedores para erguer o troféu mais importante da carreira.
Pela segunda vez em dois anos, o torneio Future português contava com uma final de singulares 100% lusa e, se a chuva ainda adiou o encontro por duas horas, não faltaram depois boas razões para os vários espetadores que aderiram à iniciativa ficarem agarrados às cadeiras junto a um court central “improvisado” (foi o escolhido por ter secado primeiro que todos os outros) no São João Ténis Clube.
Inicialmente, parecia ser o portuense de 23 anos (que se estreou a ganhar torneios Future em Idanha-a-Nova, no início da época de 2016, e é o atual campeão nacional absoluto) quem se preparava para agarrar a vitória, e de forma fácil, mas com o passar do tempo os nervos abandonaram Nuno Borges, que fez a estreia em finais do circuito profissional.
O 4-0 do primeiro set (que Monteiro converteu, pouco depois, num 6-4) repetiu-se no segundo parcial, este mais desequilibrado, que viu Borges nascer para o encontro e começar a ganhar a confiança necessária para nascer para a final, na qual chegou mesmo ao ascendente. Só que ao sétimo jogo do parcial decisivo o jogador natural da Maia cedeu o seu serviço de 40-0 e chegou a vez de Monteiro renascer para o encontro.
De volta à discussão do título, João Monteiro não desperdiçou o terreno conquistado minutos antes e conseguiu nova quebra de serviço para fechar a final a seu favor e conquistar o título mais importante da carreira.
Habituado a jogar bem em solo português, o campeão nacional absoluto (que se estreou a conquistar torneios Future precisamente em Portugal) celebrou a terceira conquista da carreira no circuito profissional — às quais junta outras duas finais perdidas –, que é mesmo a mais importante, dado ser este o primeiro Future de 25.000 dólares que junta ao seu palmarés.
Quanto a Nuno Borges: é verdade que ainda faltam dois anos até concluir os estudos nos Estados Unidos da América — essa foi outra particularidade da final deste domingo: ambos os jogadores passaram pelo College, que resultou, e resulta, no caso de Nuno, em melhorias claras nos respetivos jogos –, mas também o é que está pronto para se continuar a aventurar e porventura, lutar por mais títulos para o ténis português. E uma coisa é certa: apesar da derrota em singulares, não sai do Open de São Domingos de mãos a abanar, pois no sábado venceu a final de pares ao lado de Francisco Cabral.