A participação no Australian Open terminou mas nem por isso a agenda de João Sousa ficou mais folgada: há que regressar à base, recuperar fisicamente e iniciar a viagem que se segue — no caso para um país onde nunca competiu e onde vai defender as cores de Portugal numa eliminatória que pode ser histórica. Frederico Marques, o treinador que o acompanha há oito anos, não está preocupado.
“O João tem uma grande equipa por trás. Não é só o treinador de ténis, que sou eu, mas também um médico, um preparador físico, um fisioterapeuta, etc. Por vezes não viajam com ele mas estamos sempre em contacto e vamos arranjar uma forma de estar nas melhores condições para competir na sexta-feira”, começou por responder quando questionado pelo Raquetc sobre as eventuais dificuldades de adaptação que o seu pupilo podia enfrentar ao passar dos 40 graus de Melbourne para os -20 de Astana.
“O João é um atleta muito profissional que não deixa escapar nenhum detalhe para que possa estar nas melhores condições e ajudar Portugal”, completou, antes de informar que a viagem de regresso a Barcelona vai ser feita durante o fim de semana. Na segunda-feira, os dois vão juntar-se à equipa portuguesa, que parte já na madrugada deste sábado para a capital do Cazaquistão.
Sobre a eliminatória, Frederico Marques reconheceu que “vai ser dura e ao mesmo tempo desafiante. Ganhar fora e com essa vitória entrar no Grupo Mundial seria fantástico. A nossa seleção tem um grupo muito unido, com jogadores e treinadores que se conhecem há imenso tempo. Portugal é forte e está forte.”
O técnico destacou ainda que “a Federação tem feito um esforço para que os atletas estejam nas melhores e com as melhores condições possíveis e também merece o prémio da presença no Grupo Mundial.”
