Não é todas as semanas que os jogadores se podem dar ao luxo de continuar em prova depois de saírem derrotados no primeiro encontro e Roger Federer está decidido em aproveitar essa oportunidade. Esta terça-feira, o suíço regressou ao court central da O2 Arena, em Londres, com um nível de jogo diferente e somou a primeira vitória na fase de grupos — mas as meias-finais ainda não são mais do que uma miragem.
Sendo a vitória a única solução possível caso quisesse continuar em ação no “Masters” do circuito masculino, o tenista helvético — que entrou em court ainda mais pressionado depois da vitória de sentido único por parte de Kevin Anderson (um triunfo de Kei Nishikori teria sido melhor para as suas contas) — passou com tranquilidade por Dominic Thiem graças aos parciais de 6-2 e 6-3.
O encontro não teve muita história e foi mais uma página de um livro pouco entusiasta que se está a escrever ao longo dos primeiros dias — apanágio, aliás, daquilo que se tem observado ao longo dos últimos anos em Londres, curiosamente no único torneio do calendário onde só estão os melhores jogadores da temporada.
O nível de jogo de Roger Federer subiu consideravelmente quando comparado com o de domingo, quando foi surpreendido na estreia por Kei Nishikori, mas o de Dominic Thiem deixou a desejar — cometeu mais de 30 erros não forçados — e não foi, por isso, preciso muito para que o helvético triunfasse em duas partidas. Na verdade, 68 minutos bastaram para o árbitro “cantar” a vitória, apoiada em três quebras de serviço e trocas de bola maioritariamente curtas, sem muitos golpes de fazer levantar uma arena com capacidade para quase 20.000 espetadores ou dar azo a grandes repetições.
Somada a vitória — que lhe permite aumentar para 16-0 o registo no segundo encontro da fase de grupos do Masters –, Roger Federer mantém-se na luta pelo apuramento para as meias-finais do Nitto ATP Finals.
E porque uma vitória em dois sets era o único resultado que impedia Kevin Anderson de se qualificar já esta terça-feira, tudo fica em aberto para o terceiro e último dia — ainda que o sul-africano seja aquele que parte em melhor posição (só a conjugação de vitórias de Federer e Nishikori em parciais diretos o podem deixar de fora, e nem assim seria garantido).
Eis os cenários: