LISBOA – Vitória para João Sousa e Gastão Elias, manutenção e, de certa forma, apuramento para Portugal. Um ponto bastava e a seleção portuguesa conquistou-o logo no primeiro encontro do dia, fazendo o 3-0 frente à África do Sul para garantir um lugar na primeira edição do qualifying das Davis Cup Finals — equivalente ao antigo play-off do Grupo Mundial da Taça Davis.
Numa eliminatória de “tudo ou nada”, a seleção nacional está, para já, a atuar de forma irrepreensível: depois de, no primeiro dia, Pedro Sousa e João Sousa vencerem os respetivos encontros de forma autoritária, o vimaranense regressou ao court com Gastão Elias para juntos derrotarem Ruan Roelofse e Raven Klaasen, por 6-4, 6-7(4) e 6-2.
Se do outro lado da rede estava um super-especialista de pares (Klaasen conta não só com 14 títulos no currículo como outras 16 finais, entre as quais em Wimbledon, Australian Open e ATP Finals) e um jogador que sabe o que é conquistar títulos neste court (Roelofse venceu o primeiro Lisboa Belém Open em pares, contra Fred Gil e Gonçalo Oliveira em 2017) e que até agora nunca tinha perdido um encontro de pares com a camisola do seu país ao peito (trazia um registo de 9-0), a dupla portuguesa não se deixou intimidar.
E fez aos sul-africanos o que já tinha feito no passado a outras duplas igualmente temíveis (são exemplos as vitórias frente a duplas com Max Mirnyi e Henri Kontinen envolvidos), levando a um estado de festa os espetadores que, hoje sim, preencheram na íntegra as bancadas do Club Internacional de Foot-Ball.
A eliminatória ainda não está fechada — tem de se disputar um último encontro de singulares, sendo João Domingues a escolha provável da parte do capitão Nuno Marques — mas Portugal já pode respirar de alívio. Não só está evitada a descida ao Grupo II da Zona Euro-Africana como garantida a presença no qualifying das novas Davis Cup Finals, um resultado que iguala as melhores prestações de sempre da equipa das quinas na competição (conseguidas em 1994 e 2017).
A vitória frente à África do Sul também significa a manutenção de Portugal no Grupo I. Ou seja, se vencer a ronda de qualificação (agendada para 1 e 2 de fevereiro de 2019) a equipa das quinas joga as Davis Cup Finals (em novembro) com as melhores seleções do mundo e, se perder, joga a única ronda do Grupo I (em setembro).