Johan Eliasch, CEO da HEAD, pronunciou-se esta sexta-feira na CNN sobre a decisão que a empresa tomou em apoiar Maria Sharapova depois da tenista russa ter anunciado que acusou positivo num controlo anti-doping realizado depois da derrota nos quartos de final do Australian Open.
“Analisámos a situação com muito cuidado até chegarmos a um consenso e concluímos que todas as provas circunstanciais existentes indicam que se tratou de um erro honesto cometido durante 25 dias”, começou por dizer Eliasch durante uma transmissão especial da estação televisiva norte-americana.
Na transmissão em direto, Eliasch — “cara” da fabricante de raquetes (e outro material desportivo) que patrocina Sharapova desde 2011 — disse ainda que “a substância banida chama-se Meldonium e a que a Maria Sharapova tomava chama-se Mildronate. É um nome diferente e que nunca esteve na lista de substâncias proibidas.”
“Outro fator que tivemos em conta foi a quantidade ingerida, que não corresponde à alegadamente necessária para que a atleta beneficie do medicamento para fins não medicinais. Achamos que a WADA [World Anti-Doping Agency] devia ter imposto um limite na quantidade a ingerir, porque assim não é justo para os atletas que têm realmente de a tomar. A Maria fez vários controlos ao longo da sua carreira e acusou a substância [quando ainda era legal], portanto tomos sabem que ela a tomava há vários anos.”
Confrontado com o porquê de “correr o risco” de apoiar Maria Sharapova nesta fase do caso, Johan Eliasch disse que se trata de “fazer o que está certo. Enquanto marca, é correto para nós ficar com a Maria porque se tratou de nada mais, nada menos do que um erro honesto. Tendo em conta as circunstâncias, a sanção está errada. Comparando o caso com a vida civil, deveria ser equivalente a trabalho comunitário, e no ténis isso seria ensinar ténis durante três meses, não suspendê-la do circuito.”