Desistir de um encontro é um cenário indesejado por todos os jogadores.
E se esse encontro for num torneio do Grand Slam, ainda mais, pelo que Rafael Nadal tem motivos para querer esquecer o “azar” que lhe bateu à porta quer no Australian Open, quer no US Open.
O tenista maiorquino abriu e fecha o ano no que aos torneios Major diz respeito com duas desistências, a última das quais quando lutava, frente a Juan Martin del Potro, por um lugar na final do torneio norte-americano. A razão? O joelho, o crónico joelho, onde sentiu “alguma coisa” logo no início do encontro que acabou por lhe custar a batalha.
Em conferência de imprensa, o número 1 do mundo e (ainda) campeão em título relembrou que “já tinha tido alguns problemas durante o torneio, no segundo ou terceiro encontro, e hoje senti algo muito cedo, logo ao quarto jogo do primeiro set. Disse à minha equipa e estava a tentar perceber se conseguia melhorar ao longo do encontro, mas não foi o meu dia.”
Rafael Nadal garante que “esperei o máximo que pude, como podem imaginar é muito difícil para mim ter de me despedir antes do fim do encontro, mas a uma dada altura tens de tomar uma decisão e estava a ser muito difícil para mim continuar a jogar, tinha muitas dores.”
Os problemas no joelho direito não são uma novidade — na verdade, vêm a perturbar a carreira do maiorquino de 31 anos praticamente desde sempre –, mas desta vez foi diferente. “A lesão no joelho é sempre muito parecida e quando acontece tenho de o aceitar, mas desta vez foi diferente. Foi mais imediato e agressivo, aconteceu num movimento específico em vez de ser algo progressivo.”
No entanto, e até porque não sendo nova a lesão “tranquiliza-o” — sabe o que tem de fazer, como fazer e já está mentalizado de que é uma questão de tempo até superar as dores mais recentes –, Rafael Nadal não perde o otimismo. “Estava a ser um ano fantástico até este momento. Perdi quatro encontros, dois deles em que tive de me retirar e o que há de negativo é que um foi nos quartos de final de um Grand Slam e o outro nas meias-finais, quando já estava na luta pelos títulos. Mas estão a ser dois anos incríveis.”
A fechar, uma certeza: “Não é uma lesão que me vai fazer falhar seis meses de ténis. Não foi como se tivesse partido alguma coisa, é uma tendinite e a certa altura trata-se de decidires se queres esperar até não sentires dores ou se queres continuar a jogar com dores.”