Com a calma (e o futuro) do seu lado, Naomi Osaka chega às primeiras meias-finais em Grand Slams

Naomi Osaka
Cinco meses depois de ter vencido em Indian Wells, a nipónica continua a fazer história para o ténis do seu país.

Naomi Osaka pode ainda só ter 20 anos, mas a calma que apresenta em court fá-la parecer muito mais velha — ou pelo menos experiente, o que também não é.

Por isso, a caminhada que a jovem nascida em Osaka mas desde cedo radicada na Flórida está a fazer em Flushing Meadows é ainda mais impressionante, tendo esta quarta-feira conhecido mais um capítulo: as meias-finais.

Mais do que um ténis muito completo, Naomi Osaka tem a capacidade de fazer parecer fácil a execução de qualquer pancada. O que, aliado a uma adversária tão desligada do encontro quanto Lesia Tsurenko esteve neste mede forças, só podia resultar num duelo de sentido único, resolvido com os parciais de 6-1 e 6-1 quando estavam decorridos apenas 59 minutos de encontro.

As estatísticas do primeiro set ajudam a explicar o primeiro parcial: a jovem nipónica nem esteve especialmente bem no capítulo do serviço, só tendo colocado 47% das suas primeiras bolas, mas nem por isso sentiu dificuldades, dado que Tsurenko (a inesperada quartofinalista em Nova Iorque) não conseguiu chegar a um único break point.

E o andamento manteve-se à medida que o resultado final se aproximava, pelo que foi uma mera questão de tempo até à número 19 do ranking mundial ouvir, da cadeira de arbitragem, a confirmação de um resultado que a coloca pela primeira vez nas meias-finais de um torneio do Grand SlamUm resultado que faz dela a primeira tenista feminina a chegar tão longe num Major desde Kimiko Date, no ano de 1996.

Campeã do fortíssimo torneio de Indian Wells no mês de março, Naomi Osaka está agora a fazer história em Nova Iorque. De costa a costa, uma das jogadoras mais relaxadas, honestas e divertidas do circuito encontrou nos EUA — o país a que desde cedo se habitou — uma harmonia que lhe permite brilhar mais do que em qualquer outro território, mas que mais não é do que a rampa de lançamento para uma carreira que, a continuar assim, terá muito mais para contar.

Mas, para já e porque é importante ir passo a passo, as meias-finais. Uma fase onde terá como adversária ou a espanhola Carla Suárez Navarro (que na ronda anterior surpreendeu ao eliminar Maria Sharapova) ou a favorita do público, Madison Keys, que no último ano chegou ao encontro decisivo.

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