A idade não é um posto e que o diga Serena Williams, que na madrugada desta quarta-feira carimbou, aos 36 anos, o apuramento para as segundas meias-finais consecutivas em torneios do Grand Slam. Em casa, a ambição é clara: quer tornar-se na recordista isolada em Flushing Meadows e nesse sentido a única forma de sair satisfeita é com o título de campeã do US Open.
A campanha no All England Club já tinha servido de aviso: a “mamã” norte-americana está de volta e pronta para voltar a conquistar grandes títulos, mesmo se as exibições nos torneios que os antecedem não convencem por aí além.
À semelhança de Roger Federer no circuito masculino, também Serena Williams joga, agora que está mais perto dos 40 do que dos 30, com os Grand Slams como único ponto de interesse. Sendo que, no caso da norte-americana, há um outro fator de motivação: o facto de, em Nova Iorque, poder igualar Margaret Court como a jogadora com mais Majors conquistados em toda a história do ténis, Era Open ou não.
Falta um para chegar aos tão desejados 24 e depois do título de Wimbledon lhe ter escapado no último desafio, Serena não quer voltar a passar pelas mesmas sensações em casa, como comprova a sua mais recente exibição: 6-4 e 6-3 frente a Karolina Pliskova, a mesma jogadora que há dois anos a tinha impedido de vencer os quatro torneios numa só época.
Em plena sessão noturna no Artur Ashe Stadium, como mais gosta, a jogadora da casa não esteve para brincadeiras: disparou 35 winners e quebrou por quatro vezes o serviço da checa, que mesmo não jogando mal não conseguiu encontrar as devidas soluções. 1h26, encontro e história curtos, apuramento para as meias-finais. Como clara favorita, Serena Williams tem como próxima adversária a estreante Anastasija Sevastova, que “estragou” ao público norte-americano um tão desejado encontro da ex-número 1 mundial com Sloane Stephens.
