A temporada de 2018 vai ter quatro campeãs diferentes em torneios do Grand Slam. A confirmação chegou com a eliminação de Angelique Kerber, a única tenista que ainda podia vencer, em Nova Iorque, o segundo título do ano. Tal como a alemã, também Petra Kvitova ficou pelo caminho, enquanto Maria Sharapova estendeu o registo perfeito em sessões noturnas no US Open.
Campeã há 12 anos — o tempo voa… –, Maria Sharapova regressou ao Artur Ashe Stadium com um registo de invencibilidade a defender naquele que é o maior court de ténis do mundo: é que quando se trata de jogar à noite em Nova Iorque, a tenista russa nunca perde e à entrada para esta noite (madrugada em Portugal) somava 22 triunfos em outros tantos encontros nessas características.
Pois bem, não demorou até que passassem a ser 23: De forma um pouco ou tanto surpreendente, a ex-número 1 mundial, atual 22.ª do ranking, precisou de apenas dois sets e 82 minutos para derrotar a letã Jelena Ostapenko, por 6-3 e 6-2, rumo à quarta ronda.
Mas com muitos breaks à mistura (sete para a russa, três para a letã) e, sobretudo, muitos erros não forçados de Jelena Ostapenko (dos 69 pontos ganhos por Sharapova, 41 aconteceram dessa forma), o encontro tinha, de facto, o tempo contado. Segue-se Carla Suárez Navarro, ou uma excelente possibilidade para a russa regressar aos quartos de final de um Major…
Derrotas surpreendentes
Vinda do título em Wimbledon, onde derrotou Serena Williams na grande final para regressar às grandes conquistas, Angelique Kerber queria repetir em Nova Iorque o feito de 2016. E até começou bem: venceu o primeiro set frente a Dominika Cibulkova, uma das jogadoras que tem estado mais inspirada.
Mas contra a pequenina e poderosa eslovaca, já se sabe, um set não basta para se poder relaxar e rapidamente se percebeu que Cibulkova estava em campo para lutar. Ou melhor, que estava no Louis Armstrong Stadium para lutar — o detalhe é importante, porque antes de Kerber já Simona Halep, Caroline Wozniacki e Garbiñe Muguruza tinham caído neste palco.
E assim, com muita paciência, a vencedora do WTA Finals de 2016 conseguiu construir a reviravolta, que a coloca na quarta ronda de um torneio do Grand Slam pela segunda vez consecutiva.
Para trás ficou, ainda, Petra Kvitova. Bicampeã de Wimbledon, a jogadora checa não conseguiu travar o fenómeno bielorrusso de Aryna Sabalenka (que aos 20 anos é a 20.ª do ranking), sendo derrotada por 7-5 e 6-1.