Frederico Gil: Quando os desafios são eternos

Fred Gil
Fotografia via BTA Futures Sintra
[texto de opinião originalmente publicado no website da Federação Portuguesa de Ténis]

Invariavelmente de tempos a tempos, a pergunta é sempre a mesma: “Quando tenciona deixar de jogar?”. E a resposta mantém-se sempre fiel ao guião original: “Por agora, continuo a ter uma enorme vontade de jogar ténis”, assegura Frederico Gil, que fechou com chave de ouro o 10º título da carreira em torneios Future ao ganhar na Beloura, batendo Tiago Cação. Foi o 8º título da carreira conquistado em Portugal.

O mais importante a reter é a certeza que, aos 33 anos, Frederico Gil alimenta a vontade de querer ainda dar muito de si à modalidade. E muito provavelmente não estará muito longe de voltar a viver uma alegria se voltar a integrar o top 400 (esta semana é o 409º mundial), o que aconteceu pela última vez em 17 de junho de 2013 (estava no 394º lugar e tinha 28 anos), quando forem contabilizados os pontos conquistados na Beloura.

Não prescindindo de ter a sua equipa técnica (é agora orientado por Eduardo Rodrigues, licenciado em Ciências do Desporto), o antigo campeão nacional tem transportado para os Futures uma enorme experiência, acumulada nos majors e no circuito ATP, por onde andou durante alguns anos, tendo defrontado Roger Federer, Rafael Nadal e Andy Murray, entre outros.

Fruto de várias situações, Frederico Gil, que chegou a figurar na 62ª posição do ranking mundial em 2011, foi perdendo o fulgor e desde 2013 estava remetido a torneios Future, devido ao seu ranking. A verdade, porém, é que tem levado a sua carreira a peito e Portugal tem sido o seu porto de abrigo para conquistar pontos e dinheiro, como, aliás, se confirma pelas vitórias que tem obtido consecutivamente nos últimos cinco anos em provas que têm sido apoiadas pela Federação Portuguesa de Ténis.

Aos poucos, Frederico Gil está a fazer o seu percurso, ciente das responsabilidades. É, sem dúvida, um enorme desafio, que envolve muitas variáveis, para quem construiu uma bela carreira, que teve o ponto mais alto ao ter sido finalista do Estoril Open em 2010, no Jamor.

A enorme paixão pelo jogo continua bem presente e o quadro competitivo que é oferecido pelas várias organizações em conjunto com a Federação Portuguesa de Ténis permite que sejam os portugueses a usufruir dessas vantagens.

Os 10 títulos conquistados por Frederico Gil em Futures:

2018 (1): Portugal, Beloura (piso rápido)
2017 (1): Portugal, Beloura (piso rápido)
2016 (1): Portugal, Benfica (piso rápido)
2015 (1): Portugal, Caldas da Rainha (terra batida)
2014 (1): Portugal, Porto (terra batida)
2006 (2): Portugal, Albufeira (piso rápido) e Nigéria (piso rápido)
2005 (3): Portugal, Faro (piso rápido), Portugal, Lagos (piso rápido) e Venezuela (piso rápido)

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