João Sousa entra a ganhar no US Open e põe fim a uma longa série de derrotas

João Sousa

Dois meses depois, terminou o jejum: esta terça-feira, João Sousa (68.º ATP) estreou-se com uma vitória no quadro principal de singulares do US Open, um dos torneios do Grand Slam onde tem maior taxa de sucesso e no qual é o único tenista português em ação.

Apesar de não serem nulos, os triunfos praticamente não se verificaram desde que, no início de maio, o melhor tenista português de todos os tempos alcançou o histórico triunfo no Millennium Estoril Open. Se se esperava que servisse de catapulta, o feito acabou por marcar uma quebra de rendimento por parte do número 1 nacional, que ao invés de se catapultar para uma outra série de vitórias começou a somar derrotas atrás de derrotas (a exceção foi a variante de pares).

Roma (segunda ronda do qualifying) e Antália (quartos de final) foram os únicos dois de 11 torneios em que João Sousa conseguiu vencer encontros de singulares — pelo meio, e pela primeira vez desde 2014, ficou também pelo caminho nas eliminatórias inaugurais quer de Roland Garros, quer de Wimbledon. O momento aquando da chegada a Nova Iorque não era, por isso, o melhor, mas se há cidade em que tudo pode mudar essa cidade é, certamente, a Big Apple.

E assim foi. Frente a Marcel Granollers, um adversário que bem conhece e contra o qual liderava o frente-a-frente por 3-1 (com vitórias nos três últimos encontros), o tenista português de 29 anos não tardou a colocar-se no comando da situação, recuperando da desvantagem de um break (sofrido logo no jogo inaugural) para mostrar ao que ia.

Em 41 minutos venceu o primeiro set, quebrando por três vezes o serviço do atual número 107 do ranking (que teve de passar pelo qualifying); o segundo parcial foi decidido exatamente no mesmo tempo, mas com duas quebras, e o terceiro em 34 minutos, totalizando-se 1h56 entre o momento em que o primeiro serviço foi feito e aquele em que o árbitro “cantou” Game, set and match a favor de João Sousa, seguido dos parciais de 6-2, 6-2 e 6-3.

Igualado o bom arranque das épocas de 2013, 2014 e 2016, em que também se estreou no US Open com uma vitória, João Sousa vai agora em busca de uma segunda vitória — que a acontecer lhe permitiria igualar as campanhas de 2013 e 2016. Mas a tarefa não se espera fácil, porque pela frente o número 1 português deverá ter o seu amigo espanhol Pablo Carreño-Busta (12.º cabeça de série e semifinalista há um ano), que defronta o tunisino Malek Jaziri.

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