Nove meses depois de ter colocado o seu nome na história, Sloane Stephens voltou a derrotar Madison Keys (desta vez, por 6-4 e 6-4) e está a uma vitória de se sagrar campeã de Roland Garros.
Conseguirá a norte-americana tornar-se, num curto espaço de tempo, bicampeã de torneios do Grand Slam?
Talvez.
Acima de tudo, é importante pensar em Sloane Stephens não só como um dos maiores talentos da nova geração do ténis norte-americano como num verdadeiro exemplo de superação. Porque há 11 meses, em julho de 2017, era a 957.ª posicionada do ranking WTA e as dúvidas comandavam a sua cabeça — depois de uma longa ausência devido a uma lesão no pé, conseguiria voltar a praticar o ténis a que se tinha habituado?
E voltou mesmo. Não só em Nova Iorque como em Miami, onde este ano conquistou o segundo título mais importante da carreira e, agora, em Paris. Pela primeira vez fora de casa, Sloane Stephens vai jogar uma grande final. Porque voltou a ser mais forte que a melhor amiga Madison Keys, que ainda assim se exibiu a um muito melhor nível do que naquela final do US Open, onde a sua presença não foi mais do que isso — uma simples presença.
Com menos nervos, responsabilidade e território por conhecer do que há nove meses, as duas norte-americanas protagonizaram bons pontos em diversas ocasiões. Mas nos detalhes foi sempre Stephens quem esteve melhor, conseguindo adiantar-se com um break em ambos os sets para “sacudir” alguma da pressão que pudesse existir — afinal, era vista como a favorita — e construir, confortavelmente, a vitória. Mais uma.
Estreias diferentes
Sábado, dia da grande final, há dois finais possíveis. E se em muito variam, não deixam de existir algumas parecenças: quer Simona Halep, que hoje arrasou Garbiñe Muguruza para chegar à sua terceira final de Roland Garros, quer Sloane Stephens procuram o primeiro título na capital francesa.
Se para a norte-americana se trata da possibilidade de vencer o segundo título do Grand Slam, e fazer o “dois em dois”, para a romena é mais uma oportunidade de se estrear a erguer um dos quatro troféus mais desejados do calendário — e apagar, ou pelo menos atenuar, da memória as três finais perdidas até ao momento (Roland Garros 2014, para Maria Sharapova, 2017, para Jelena Ostapenko, e Australian Open 2018 para Caroline Wozniacki).