Querer, sofrer, vencer. Alexander Zverev está em Paris com um objetivo e disposto a tudo para o alcançar. Mesmo que isso signifique jogar três encontros de cinco sets em rondas consecutivas, como comprovou este domingo ao somar mais uma vitória para chegar aos quartos de final de Roland Garros.
Se a estreia foi bastante tranquila (só perdeu quatro jogos contra Ricardas Berankis), desde aí o número 3 mundial sentiu tudo menos facilidades: esteve a perder por dois sets a um na segunda ronda, contra Dusan Lajovic, na terceira, perante Damir Dzumhur, e na quarta, onde mediu forças com Karen Khachanov. Das três vezes, recuperou. Hoje, pelos parciais de 4-6, 7-6(4), 2-6, 6-3 e 6-3 para derrotar o cada vez mais perigoso tenista russo, em 3h30.
No meio do sofrimento, tem sido uma aventura para mais tarde recordar por parte do jovem tenista alemão. É que se até aqui já tinha brilhado pelo circuito fora (com destaque para as cinco finais em torneios Masters 1000, das quais venceu três), faltava fazê-lo nos maiores torneios do calendário. Se há dois dias obteve a primeira vitória frente a um top 50, este domingo chegou pela primeira vez na carreira aos quartos de final de um torneio do Grand Slam.
A campanha de Alexander “Sascha” Zverev em Paris não tem sido a mais bonita de todas, é verdade, mas o campeão dos torneios de Munique e Madrid (na semana seguinte ainda chegou à final em Roma) está finalmente a começar a produzir nos Grand Slams os resultados a que já algum tempo habitua os seguidores do circuito. E isso é, no fundo, o mais importante, como o próprio — e até Rafael Nadal — afirmou nos últimos dias.
E a partir daqui a tarefa será cada vez mais difícil: nos quartos de final, o segundo cabeça de série fica à espera do vencedor do encontro entre Dominic Thiem e Kei Nishikori, que à hora da publicação deste artigo disputavam o quarto set (vantagem para o austríaco até aqui: 2-1 no marcador) em pleno court Philippe Chatrier.
