Uma guerreira será sempre uma guerreira

Andrea Petkovic

Estávamos em junho de 2014 quando Andrea Petkovic alcançava em Roland Garros o melhor resultado da sua carreira até ao momento em torneios do Grand Slam, ao chegar às meias-finais do mítico torneio francês jogado nos arredores de Paris.

A carismática alemã só fora derrotada por Simona Halep, em duas partidas, depois de ter eliminado, entre outras, Kristina Mladenovic e Sara Errani, a italiana que dois anos antes disputara a final da prova.

Esta segunda-feira, o caminho de Petkovic e Mladenovic voltou a cruzar-se e, tal como nos quatro embates anteriores, a tenista alemã de 30 anos saiu vitoriosa. Venceu um encontro para o qual partia como underdog e sabia de antemão que teria um court Suzanne-Lenglen a gritar a plenos pulmões pela sua adversária.

Mas Petkovic, que tem sido fustigada com lesões e por isso até está fora do top 100 (107.ª), usou de toda a sua experiência para somar um daqueles grandes triunfos que há muito perseguia e que, verdade seja dita, já merecia — 7-6(10) e 6-2 foram os parciais de um duelo em que chegou a estar a perder por 6-3 no tie-break.

“Aprendi muito nos últimos dois anos e sinto que estou mentalmente mais forte. Creio que joguei bem e fiz o que tinha a fazer. A coisa que mais a incomoda no meu jogo é a resposta ao serviço e eu neutralizei-o. Houve muitas emoções porque esta vitória é muito importante para mim e sei que, ao mesmo tempo, é um momento difícil para ela”, disse Petkovic em conferência de imprensa.

Para se perceber a importância desta vitória, é preciso ter presente o percurso de Petkovic em 2018. Que não é famoso: à partida para este confronto, a antiga número 9 do ranking somava apenas cinco vitórias em quadros principais, três das quais em torneios de 100 mil dólares.

Ao final da manhã desta terça-feira, dia 29, Andrea Petkovic ficará a saber com quem medirá forças no jogo de acesso à terceira eliminatória (Johanna Larsson ou Bethanie Mattek-Sands). Mas, como referiu, nas próximas horas só quer continuar a desfrutar da sensação que é registar uma grande vitória num grande palco.

“Estarei satisfeita durante um dia e depois começarei a pensar no encontro da próxima ronda”, disse.

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