João Zilhão: “Sempre sonhei mas nunca imaginei que esta vitória se tornasse realidade”

Foi um domingo de sonho aquele que se viveu no Clube de Ténis do Estoril, com João Sousa a alcançar um incrível triunfo na maior prova de ténis disputada em Portugal para conquistar assim o seu terceiro título da carreira em torneios ATP.

Pouco depois de assistir à vitória de João Sousa no Millennium Estoril Open de 2018, o diretor da prova, João Zilhão, concedeu algumas declarações sobre tudo o que se passou nesta última semana, focando-se obviamente na final deste domingo.

“Eu fui apanha bolas em 1990 e 28 anos depois assistir e viver este momento é muito emocionante. O João merecia imenso, passou 3 anos difíceis com derrotas precoces, saiu desmoralizado e o sponsor [Millennium] também muito triste. Agora de repente ganhar o torneio é algo que eu sempre sonhei mas nunca imaginei que se tornasse realidade”, começou por comentar a pessoa responsável por trazer esta prova a Portugal.

Sobre o impacto desta conquista no ténis português, Zilhão não tem dúvidas que é algo importante. “As crianças precisam de ícones, ídolos, precisam de pessoas que olham para eles e percebem que está ali a pessoa que idolatram. Os miúdos já tinham visto o João lá fora, mas aqui em Portugal não.”

Depois de garantir que “poder manter este torneio vivo em Portugal foi muito especial”, o homem-forte do Millennium Estoril Open destacou a presença do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. “Posso dizer que o Presidente Marcelo veio cá duas vezes hoje [este domingo]. Veio antes para dar boa sorte ao João e ainda participou na massagem, e apareceu uma segunda vez depois do duche para levar um abraço molhado por parte do João. Isto só mostra a importância que o torneio teve para Portugal”.

Aposta nas jovens esperanças do ténis mundial tem sido uma das imagens de marca do Millennium Estoril Open.

“Desde o início, temos apostado em jovens com o Coric, Kyrgios e agora o de Minaur logo em janeiro. Ainda me perguntaram o porquê de ajudar o ténis australiano, mas nós queremos cá os futuros número 1. Este ano trouxemos cá 4 dos favoritos na corrida a Milão, foi o Tiafoe, o Tsitsipas, o de Minaur e o Medvedev, sendo que alguns deles já são o presente do ténis”, acrescentou João Zilhão ao mesmo tempo que fazia referência ao título já conquistado por Frances Tiafoe em Delray Beach.

Houve ainda tempo para um pequeno resumo da edição de 2018 e do sucesso que foi a organização. “Estamos muito contentes, foi uma semana de sucesso que começou de uma forma muito dura. Choveu muito no sábado, quase não houve jogos, mas depois o tempo foi melhorando e foi tudo correndo da melhor forma. Começou e acabou de formas que nós nunca idealizamos, domingo foi um dia de calor intenso e aconteceu o melhor que podia acontecer no Estoril”, confessou o empresário residente em Lisboa.

Quando questionado sobre se há chances de levar este troféu a todo o país, um pouco como a Federação Portuguesa de Futebol fez com o título europeu de 2016, o diretor da prova portuguesa gostou bastante da ideia. “Acho que seria importante eternizar este triunfo, pelo menos levar o troféu a Guimarães. É uma boa dica, não tinha pensado nisso, mas vou garantir que isso aconteça.”

“Nós nunca deixámos de apostar no João e de promover o torneio com a imagem do João. A campanha continuou sempre gigante, apesar de todos os desaires. Sobre o próximo ano, nem sei como vamos trabalhar, mas estou super motivado em perceber como vamos utilizar esta imagem fabulosa do João”, concluiu João Zilhão.

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