Uma, duas, três: e vão três vitórias para João Sousa no Masters 1000 de Miami, onde o tenista vimaranense garantiu na tarde deste domingo o apuramento para os oitavos de final de singulares pela primeira vez na carreira. É já a segunda melhor prestação de sempre do número 1 nacional em torneios da categoria e pode não se ficar por aqui.
Porque em jogo estava a possibilidade de alcançar o seu melhor resultado no torneio da Flórida, a pressão era grande. E isso sentiu-se de forma significativa no arranque do encontro frente a Jared Donaldson, o jovem tenista da casa que tem apenas 21 anos e é o número 49 ATP.
De tal forma que o favorito do público se adiantou no marcador quase num piscar de olhos, ao conseguir duas quebras em três jogos de serviço do Conquistador português. Mas na bagagem João Sousa tinha duas excelentes vitórias (sobre Ryan Harrison e David Goffin, não esquecendo o outro triunfo sobre um top 10 há poucos dias — bateu Alexander Zverev em Indian Wells) e não se queria ficar por aqui, pelo que com o começar do segundo set conseguiu finalmente entrar em jogo.
Ultrapassado o parcial que cedera (o primeiro em todo o torneio), o número 80 da tabela classificativa aplicou a mesma receita ao norte-americano no segundo set para começar a desenhar o igualar do marcador. E uma vez ganha a confiança necessária, foi vê-lo a fazer o que nas últimas duas semanas tem conseguido tão bem: vencer, desta vez pelos parciais de 1-6, 6-3 e 6-4.
O cumprir com sucesso da tarefa deste domingo significa que João Sousa marca pela primeira vez presença nos oitavos de final em Crandon Park, uma participação que só fica atrás da de Madrid 2016 no que a torneios Masters 1000 diz respeito. No entanto, para estas contas é importante ter em conta que o evento norte-americano conta com um quadro de 128 jogadores (e, portanto, mais uma ronda, equivalente aos Grand Slams), enquanto o espanhol se distribuiu numa grelha com “apenas” 64 tenistas. Ou seja, no fundo o português já venceu tantos encontros nesta semana como em Espanha.
Quanto ao próximo obstáculo, trata-se de um jogador que começou o ano a brilhar: Hyeon Chung, o sul-coreano que fez história ao atingir as meias-finais do Australian Open (já depois de ter fechado 2017 com a conquista da primeira edição do ATP NextGen Finals).
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