Para Wozniacki, a segunda vez no topo do ranking significou mais

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Fotografia: Qatar Tennis

Chegar a número um mundial é sempre um marco memorável na carreira de qualquer tenista, independentemente da fase em que seja conseguido. Ainda assim, Caroline Wozniacki, à conversa com a imprensa durante o Media Day, revela que o regresso recente ao topo da hierarquia foi mais especial do que a sua estreia nessa posição.

“Estou apenas feliz por ter atingido esse lugar nesta altura. Penso que toda a gente aqui também está satisfeita por não ter de voltar a repetir a mesma pergunta outra vez. É uma situação sempre benéfica para todas as partes”, começou por brincar a dinamarquesa em alusão ao facto de ser questionada constantemente sobre quando iria conquistar o seu primeiro torneio do Grand Slam.

“Creio que este processo de ter um objetivo e lutar para tentar alcançá-lo, ter bons e maus momentos pela frente, é o que aprecias enquanto atleta. É o mesmo com o que me aconteceu no Australian Open e voltar em simultâneo a ser número um mundial. Estive no topo, depois caí, estive lesionada, entre outras coisas. Ter de lutar para lá voltar é algo que para mim é especial. É por isso que esta segunda vez significou mais para mim. Porque passei por oscilações e tem sido uma caminhada longa”, apontou Wozniacki.

Wozniacki prosseguiu a explicação do seu ponto de vista com recurso ao que sentiu no passado. “O que eu aprecio é que percebo que quando tinha 20 anos e atingi o primeiro lugar pela primeira vez, desfrutava disso mas continuava sempre a colocar sobre mim mesma imensa pressão. Tudo o que consegui desde então, mesmo que já não fosse número um mundial mas estivesse lá por cima, é parte de todo este processo. Não se trata de voltar ao topo, pois quando fui número um o meu pai ainda assim continuava a dizer para me movimentar melhor e eu sentia-me do género ‘bom, ainda tenho mais um encontro no dia seguinte'”, salientou.

Em jeito de conclusão, Wozniacki afirmou ainda que o facto de estar mais madura e experiente traz-lhe uma outra forma de saborear estas conquistas. “Acho que não entendes mesmo o que se passa até estares no topo e depois perderes tudo, até respirares fundo e olhares para trás e pensares ‘Oh meu Deus, aquilo foi incrível’. É aí que começas a questionar porque não desfrutaste mais e estavas tão nervosa sobre o sucedido”, afiançou.

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