É um dos tenistas portugueses do momento, um dos mais carismáticos e, agora, já com uma vitória em torneios do Grand Slam ‘no bolso’. Aos dezoito anos, Felipe Cunha e Silva (43º – máximo de carreira no ranking júnior) estreou-se esta segunda-feira no quadro de juniores de Roland Garros e ao Ténis Portugal conta como disputar um torneio desta categoria é uma experiência “do outro mundo.”
Com a chuva que se fez sentir no dia de ontem em Paris, Felipe, filho de João Cunha e Silva, revelou que ficou “triste pelo jogo ter sido cancelado porque queria muito jogar.” Já hoje, pisou o campo para disputar o seu primeiro encontro em quadros principais de torneios Major e venceu de forma autoritária: 6-2 6-0 frente a Bogdan Bobrov, 39º classificado no ranking mundial.
E assim, com “uma boa vitória”, deu a melhor resposta possível à entrada de última hora na competição, conseguida através do estatuto de special exempt a que teve direito depois de uma boa campanha no ITF de Charleroi, na Bélgica. No início do encontro, como confessou ao Ténis Portugal, “a bola parecia que queimava e quase não consegui acertar-lhe”, mas o nervosismo inicial acabou por ser rapidamente ultrapassado e “as coisas começaram a sair [melhor] e o resultado foi muito positivo. Foi uma boa exibição.”
A viver pela primeira vez a experiência de disputar um dos quatro maiores e mais importantes torneios do mundo, Cunha e Silva diz que “é incrível” e está “muito feliz” por estar em Roland Garros. Como conta, “há uns tempos era impensável jogar o qualifying e agora ganhar a primeira ronda é muito bom. Mas amanhã há outro jogo para ganhar e há que continuar a trabalhar.”
Depois de alguns dias em Paris, Felipe diz-se impressionado com “a organização, o público, as condições dos campos e das instalações.” Afinal, é tudo “incrível” e “um outro mundo” onde “só vem a elite. É como o campeonato do mundo”, explica. E está assim iniciada mais uma bela história do ténis português.