Na sexta-feira, Roger Federer e Hyeon Chung vão medir forças pela primeira vez nas carreiras e logo numa grande ocasião: em jogo estará a passagem à final do Australian Open, o Grand Slam onde o suíço tem o título a defender e no qual o sul-coreano está a viver um sonho de criança.
Para chegar à penúltima fase em Melbourne (pela 14.ª vez, um recorde absoluto), o helvético derrotou o checo Tomas Berdych. E foi, apesar do susto inaugural, mais um duelo ganho em sets diretos, que permite a Federer manter um registo perfeito até à penúltima fase. Sobre isso, o número 2 mundial disse que “De certa forma prefiro [ganhar] assim, porque acordo normalmente, enquanto no ano passado só pensava ‘Oh meu Deus, doem-me as costas, dói-me a perna ou o pé’.”
No entanto, Federer afirmou que “ao mesmo tempo a dor às vezes é boa e aqueles cinco sets, como contra o Kei e o Stan, levas contigo para a vida.”
Já sobre o duelo com Tomas Berdych propriamente dito, o campeão em título disse “precisei de me aguentar, ter um bocadinho de sorte, ficar um pouco zangado e até frustrado, com o árbitro, mas acho que ele acabou por fazer a chamada certa e está tudo bem, eu estava só um bocadinho frustrado.”
Já com cinco vitórias no primeiro Grand Slam do ano, Roger Federer vai, então, defrontar Hyeon Chung, um dos jogadores que mais está a surpreender nesta edição do Australian Open. E do sul-coreano o suíço destaca “a forma como conseguiu lutar e chegar às meias-finais. Bater o Novak neste court é particularmente difícil e ele conseguiu fazê-lo em três sets. Esse foi o jogo que vi mais, de resto para ser sincero não o tenho visto muito a jogar, na verdade porque eu é que não tenho jogado muito.”
Como “chave” para o sucesso no duelo, que acontecerá em sessão noturna de sexta-feira, o jogador helvético de 36 anos espera usar a “descontração”. E explica: “Ele não tem nada a perder e eu vou dizer o mesmo a mim próprio. Veremos o que é que acontece.”