LISBOA – Emanuel Couto, técnico da equipa portuguesa da Taça Davis e que neste momento vai acompanhando os treinos da seleção no CIF, esteve à conversa com o Ténis Portugal/Raquetc aquando da sua passagem pelo Lisboa Racket Centre, no início da semana, onde falou entre outros temas sobre a eliminatória frente à Ucrânia a contar para a segunda ronda do Grupo I.
O técnico português comentou o facto da seleçao ucraniana vir a Portugal sem qualquer membro do top-500 mundial, reiterando que a eliminatória vai ser encarada da mesma forma, apesar de considerar que há claras diferenças caso o opositor de Portugal viesse na máxima força.
“Vamos ter de encarar o jogo exatamente da mesma forma, como se viessem os melhores jogadores da Ucrânia. No entanto, isto pode parecer algumas das entrevistas aos jogadores de futebol (risos), sempre com a mesma conversa, que é exatamente a mesma coisa, mas é óbvio que não é, como toda a gente sabe e consegue perceber que não é”, admitiu.
“Para nós é ótimo, enquanto equipa que quer ganhar à Ucrânia. É óbvio que as coisas se tornam mais agradáveis. Não vou dizer que são mais fáceis, ou posso dizer que são menos difíceis, mas em termos de como é a forma de encarar um eliminatória será a mesma, com o nível de profissionais que temos na nossa equipa não poderia ser diferente”, continuou, dizendo ainda que apesar da Ucrânia não estar na máxima força, surpresas podem acontecer.
“Vamos esperar que estes jogadores, embora tenham um ranking claramente inferior aos nossos, possam ser jogadores que podem surpreender, como já aconteceu com o João Sousa por exemplo em Viana”, recordou. “Isto são provas que as surpresas podem acontecer e ainda bem que acontecem, para aprendermos com elas. Vamos estar preparados para esta equipa da Ucrânia, que tem um selecionador que já foi uma estrela do ténis mundial, portanto, ele próprio tem há-de ter muita experiência para passar para os mais jovens e por isso vamos estar preparados”.
Quanto ao lote de jogadores ucranianos que vêm a Portugal, o treinador do Clube Campo Quinta da Moura, admitiu não esperar que esta fosse a equipa que se vai apresentar no CIF, devido à fase já adiantada da competição.
“Já sabíamos que o Dolgopolov tinha algumas lesões, desistiu em Miami e já havia falhado algumas eliminatórias. Sinceramente não estava à espera que fosse esta a equipa, porque estamos a jogar uma segunda eliminatória e quem ganhar vai jogar a promoção ao Grupo Mundial, que é uma fase que qualquer equipa quer jogar, mas são questões que eles hão-de saber melhor”, concluiu o ex tenista português.