A Associação de Tenistas Profissionais (PTPA) cofundada por Novak Djokovic interpôs uma ação contra os circuitos ATP e WTA, a Federação Internacional de Ténis (ITF) e a Agência Internacional de Integridade do Ténis (ITIA) por “práticas anticoncorrenciais e um flagrante desrespeito pelo bem-estar dos jogadores.”
De acordo com a BBC, o processo deu entrada num tribunal de Nova Iorque e entre as 163 páginas encontram-se “questões ligadas aos prémios monetários e rankings de atletas, bem como aos seus direitos de imagem e ao apertado calendário.”
Fundada por Novak Djokovic e Vasek Pospisil em 2021, a PTPA considera que “os tenistas profissionais estão presos a um jogo viciado” que resulta num “controlo limitado das suas carreiras e dos direitos de imagem.”
A queixa apresentada esta terça-feira foi assinada por 12 tenistas, sendo Nick Kyrgios um deles, e já recebeu resposta da ATP, da WTA e da ITF, que assumem tratar-se de “um caso totalmente infundado.”
No comunicado emitido poucas horas após ser conhecida a notícia da BBC, a ATP defendeu-se ao explicar que tem desempenhado “um papel de liderança no crescimento global do ténis” e que “os atletas e os torneios têm uma voz igualitária, ao mais alto nível, na definição do rumo a adotar pela modalidade” e “um controlo extensivo dos seus calendários, podendo monetizar as suas carreiras da forma que melhor entenderem.”
A WTA considerou a ação da PTPA “lamentável e equivocada” e acrescentou que “nos últimos anos aumentámos em 400 milhões de euros os valores pagos às atletas, que têm uma voz importante nas decisões tomadas e recebem recompensas financeiras consideráveis e outros benefícios por participarem nas provas da WTA.”