Nuno Borges (36.º) virou a página no primeiro Masters 1000 da temporada e assinou na madrugada desta sexta-feira a vitória de estreia em Indian Wells. O português fez jus ao estatuto de mais bem cotado, mas foi posto à prova antes de agendar duelo com Grigor Dimitrov (15.º) na segunda eliminatória.
Para passar pela primeira vez da ronda inaugural no deserto da Califórnia, precisou de levar a discussão com o francês Arthur Rinderknech (73.º) a terceiro set, para ao fim de quase duas horas e meia cerrar o punho com 6-1, 5-7 e 6-2.
Borges declarou desde cedo intenções de alcançar voos mais altos em Indian Wells e não perdeu tempo para tomar o primeiro jogo de serviço do adversário. A margem foi mais tarde dilatada com um novo break que impulsionou o maiato na frente dos acontecimentos.
Mas a missão estava ainda longe de ficar completa. Nenhum dos jogadores conseguiu fazer a diferença ao longo da segunda partida, e só na véspera de tie-break Rinderknech manteve a ficha ligada nos pequenos detalhes para forçar a extensão a terceiro set.
Aí, o domínio voltou a pertencer às mãos de Nuno Borges, que ficou com a vitória no horizonte ao triunfar em todos os três primeiros jogos de serviço do gaulês, apesar de pelo meio ter cedido um dos seus. O jogador luso ainda vacilou para finalizar a tarefa, mas o quarto ponto de encontro já não lhe escapou.
O português de 27 anos passa a somar triunfos em cinco dos nove torneios ATP Masters 1000 — e em quatro quadros principais — e pela frente tem um reencontro com um nome que lhe traz boas memórias. Volta a desafiar o ex-número três Grigor Dimitrov, pouco mais de um ano depois de o ter derrotado na incursão para a história no Australian Open.
Caso repita o desfecho e volte a bater o búlgaro, Nuno Borges vai tornar-se o segundo do país a atingir a terceira eliminatória de Indian Wells, depois de João Sousa, em 2018, e poderá discutir o acesso aos oitavos de final com Gael Monfils (42.º) ou Sebastian Korda (25.º).
Com a 46.ª vitória da história do ténis português em quadros principais de torneios ATP Masters 1000, Nuno Borges — que já havia deixado para trás Nuno Marques (1) — iguala o registo do compatriota Frederico Gil (8) e tem ainda pela frente o recordista João Sousa (29).