Nuno Borges (38.º) esteve muito bem encaminhado para somar uma das melhores vitórias da carreira a caminho dos quartos de final do ATP 500 do Dubai, mas não conseguiu completar a tarefa diante do ex-número seis Felix Auger-Aliassime (21.º) e perdeu por 4-6, 6-3 e 7-5, ao fim de quase duas horas e meia.
Numa primeira partida em que quase tudo lhe correu bem, o maiato demonstrou maior iniciativa para passar para o comando ainda na fase inicial e nem sequer permitiu que o adversário ousasse tentar aproximar-se do break.
Foi só no segundo parcial que Auger-Aliassime modificou o chip para uma postura mais agressiva, e puxou o leme a seu favor com uma quebra de serviço madrugadora. Borges reagiu a tempo de restaurar a igualdade, mas logo de seguida sofreu um ‘apagão’ num terceiro jogo de serviço perdido em branco e que viabilizou o ascendente do canadiano na transição para terceiro set.
Ainda com tudo em aberto no horizonte, Borges teve o alarme acionado no primeiro jogo de serviço da derradeira partida, mas defendeu-se de três ameaças — e repetiu a proeza no terceiro jogo, com outros tantos perigos negados. Mas o português não conseguiu reunir soluções suficientes para bloquear novas investidas de Auger-Aliassime, que dessa feita não se desviou do caminho para celebrar nos detalhes.
Com a despedida de Nuno Borges dos Emirados Árabes Unidos, os holofotes passam a centrar-se em exclusivo na América do Sul, onde esta quarta-feira dois portugueses vão a jogo. Jaime Faria procura o bilhete para os quartos de final do ATP 250 de Santiago, frente ao brasileiro Gustavo Heide (160.º), enquanto nesse mesmo torneio Francisco Cabral persegue as meias-finais de pares ao lado do neerlandês Jean-Julien Rojer.
Quanto a Nuno Borges, que se despede do Oriente Médio com a quarta maior vitória da carreira (na estreia, diante de Arthur Fils, 19.º ATP), tem pela frente uma semana sem competição. Mas já no horizonte está a viagem rumo à Califórnia, onde vai ser o único nome nacional a atuar no Masters 1000 de Indian Wells.
