MÓNACO — Nuno Borges (37.º ATP) não perdeu tempo e superou Benjamin Balleret por 6-3 e 6-1 em 53 minutos para igualar a eliminatória do play-off do Grupo Mundial I da Taça Davis entre o Mónaco e Portugal no Monte-Carlo Country Club.
Depois da derrota de Jaime Faria, o melhor tenista português da atualidade precisava de vencer para deixar a eliminatória empatada à entrada para a jornada decisiva e não pestanejou frente a um adversário de 42 anos que terminou a carreira em 2016 e saiu da reforma em 2024 para disputar duas eliminatórias da Taça Davis.
Ex-número 204 mundial, Balleret é atualmente treinador (recentemente acompanhou o luxemburguês Gilles Muller), mas teve de recuperar as raquetas de jogador para colmatar uma equipa muito desfalcada e as diferenças para Borges — desde logo 15 anos mais novo — foram postas em evidência desde os primeiros minutos, com o monegasco a revelar-se incapaz de acompanhar a forma e o ritmo do português.
De facto, houve mais história fora do court do que dentro dele: num raro dia de condições climatéricas agrestes no Sul de França, o protocolo de segurança impediu que a cobertura (uma lona retrátil com pouca estabilidade e que deixa as laterais do campo desprotegidas) fosse devidamente utilizada no segundo singular da jornada — aliás, a mesma já tinha sido recolhida antes do terceiro set entre Faria e Vacherot, precisamente pelas mesmas razões. Borges chegou a pisar o court à hora prevista, mas o recomeço da chuva obrigou a uma nova recolha aos balneários e à cobertura da terra batida com as lonas tradicionais, essas totalmente eficazes, durante aproximadamente uma hora. Quando o encontro começou, os jogadores fizeram uma curta pausa após o aquecimento para que a cobertura fosse ativada, mas a mesma foi recolhida pouco depois, no final do quinto jogo, com a equipa lusa a vencer um pequeno braço de ferro com a supervisora — que de forma pouco ortodoxa pretendia interromper o jogo de serviço de Borges.
Uma vez retomado o encontro, lá está, a história foi pouca, quase inexistente.
Com tudo empatado no final do primeiro dia, Mónaco e Portugal começarão a jornada de domingo com um par.
Esse é, desde o início, o encontro em que os anfitriões depositam maior confiança atendendo à qualidade dos especialistas Hugo Nys e Romain Arneodo, respetivamente 25.º e 71.º no ranking de pares.
O também especialista Francisco Cabral (59.º) e Nuno Borges estarão do outro lado da rede e depois jogar-se-ão no máximo dois singulares, em teoria com ordem invertida em relação a este primeiro dia, ou seja, Borges frente a Vacherot e Faria contra Balleret. Mas os capitães podem proceder a alterações até às 10 horas.