Frederico Silva já se sente com nível Challenger e vai atacar Algarve com bilhete de ida a volta

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS — As três semanas passadas na nave de campos cobertos a que chama de segunda casa acabaram com as dúvidas que ainda pudessem existir e deixaram Frederico Silva com a certeza de estar de volta ao nível Challenger, mesmo se o ranking atual ainda não lhe permite assegurar a presença regular no circuito secundário. Surge então o Algarve, que pode servir de desbloqueador permanente.

“Foram três torneios positivos e acabei melhor esta série de torneios do que comecei. Fiz encontros muito bons e o que retiro daqui é que estou num nível em que não estava há uns meses”, confessou após a derrota in extremis na ronda inaugural do terceiro e último Indoor Oeiras Open.

“Apesar de hoje não ter sentido que as coisas me estavam a sair tão bem quanto na semana passada, acabei por ser bastante competitivo contra um jogador que está no top 200, que fez meias-finais na semana passada e que está no seu piso favorito. Tenho de levar isso como um sinal positivo e continuar para que estes encontros caiam mais vezes para o meu lado e tenha cada vez mais oportunidades”, acrescentou Silva.

Depois dos 51 triunfos internacionais em 2024, os três triunfos assinados neste arranque de 2025 (segunda ronda no Indoor Oeiras Open 1 e quartos de final no Indoor Oeiras Open 2) farão com que o tenista português suba sensivelmente mais duas dezenas de lugares na próxima atualização até uma posição que o aproxima do primeiro objetivo: “Depende muito da fase do ano. Neste momento se calhar teria de ser 250.º, no verão 280.º até pode dar para entrar aqui ou ali. Mas para fazer uma boa época só de Challengers é preciso apontar para estar a 200.º ou 220.º que é uma posição que praticamente permite decidir onde é que quero jogar em vez de estar tão dependente das listas e de onde entro ou não entro”, esclareceu.

Além disso, são também essas posições já mais próximas do top 200 que lhe permitem cumprir a outra meta que definiu para os próximos meses: a de regressar aos torneios do Grand Slam por via das fases de qualificação.

Tendo tudo isto em mente, depois de vestir as cores da seleção nacional pela primeira vez em mais de dois anos — já na próxima semana a propósito da deslocação ao Mónaco — Frederico Silva fará as malas em direção ao Sul do país. Esperam-no seis torneios ITF M25 consecutivos no Algarve, palco de boas memórias (na reta final de 2024 venceu um torneio em Vale do Lobo e perdeu na final do seguinte) que espera servir de último trampolim. “É uma fase do ano em que me faz sentido aproveitar estes torneios em Portugal para somar jogos e tentar obter o máximo de vitórias e pontos possíveis. Tenho a consciência de que se estes seis torneios me correrem bem fico com a questão do ranking resolvida e eventualmente posso jogar Challengers durante o resto do ano, mas se não correrem assim tão bem e ainda tiver de jogar alguns ITF mais para a frente não é nada que me preocupe. Estou mais preocupado em tentar manter este nível e manter-me o mais saudável possível porque se o nível estiver lá, então mais cedo ou mais tarde vou acabar por conseguir estar onde quero estar.”

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