OEIRAS – Pela segunda semana consecutiva, Pedro Araújo superou a ronda inaugural do Indoor Oeiras Open e arrecadou o sexto triunfo no quadro principal do ATP Challenger Tour. O sucesso veio com outras duas celebrações: a maior vitória da carreira em encontros completos e a praticamente selada estreia no top 400 do ranking ATP. Tudo motivos para acreditar no caminho que vai trilhando.
“Foi uma muito boa vitória contra um adversário difícil”, disse de imediato o lisboeta de 22 anos no rescaldo ao êxito face ao britânico Jan Choinski, 180.º da hierarquia masculina. “A nível do serviço foi o encontro que gostei mais. Fui superior no fundo do campo e no modo geral, nos momentos importantes, estive bem. Diria que foi o melhor jogo até agora dos quatro de singulares que joguei [no Indoor Oeiras Open]”.
Corrigido o que menos gostou relativamente à segunda ronda da semana anterior, na qual saiu visivelmente insatisfeito, o número seis nacional garantiu, com o sucesso desta terça-feira, a estreia no top 400 ATP, não muito tempo depois (novembro de 2023) de ter saído dos 900 melhores da tabela masculina. Algo que o deixa orgulhoso, mas não em êxtase.
“Não costumo olhar muito para as coisas dessa forma. Às vezes é difícil e muitas vezes não temos tempo para pôr as coisas em perspetiva dessa forma. Sou bastante exigente comigo mesmo e tento puxar o meu limite quase todos os dias e ser melhor, portanto acaba por ser difícil eu ficar contente muito tempo com esse tipo de coisas. Obviamente tentando olhar para as coisas um bocadinho de forma mais racional e objetiva, obviamente que sim, estou bastante contente com a evolução, acho que tenho feito por isso, as melhorias acho que são notórias a todos os níveis, mesmo a nível mental, a nível de confiança, acho que isso faz uma grande diferença em jogos apertados. Agora daqui para a frente vou tentar subir cada vez mais, sempre com humildade, sempre com os pés sempre na terra e a dar o meu melhor todos os dias”, comentou.
Choinski passou a ser o tenista com melhor cotação a quem Araújo venceu em encontros completos. A dimensão da conquista não passou despercebida ao vice-campeão nacional absoluto de 2021, também na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor. “É um bocadinho difícil avaliar se foi de facto a melhor. Provavelmente está no top 3. Lá está, acho que o meu nível está sem dúvida melhor, e isso também obviamente ajuda a ganhar este tipo de encontros. Se calhar já ganhei outros encontros em que o adversário era mais favorito do que eu, mas assim, em termos de nível jogado, nível do adversário, diria que sim, sem dúvida das melhores. Não consigo dizer se é melhor ou não, mas o meu nível está a subir e quando isso acontece é normal que coisas boas aconteçam e que comece a ganhar mais jogos e mais jogos difíceis”.
Na próxima quinta-feira terá outro compromisso difícil. Jesper De Jong (terceiro cabeça de série e 111.º) ou Liam Draxl (208.º), finalista no primeiro torneio do ano em Portugal, um deles estará pela frente quando o objetivo passar por alcançar os primeiros quartos de final Challenger do palmarés.
