Entre frustração e confiança, Elias afirma: “Não sei se estou a jogar o melhor ténis da minha vida, mas sinto-me muito bem”

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRASGastão Elias era um homem desanimado quando chegou a hora de analisar a derrota na segunda ronda do Indoor Oeiras Open 2, mas entre muita frustração também houve grandes rasgos de confiança a fazer lembrar outros tempos, bem mais dourados neste mesmo Complexo de Ténis do Jamor onde continua a depositar confiança no que se segue.

“Sinceramente, não sei o que é que faltou. Não joguei mal, até joguei a um bom nível desde o início, mas o encontro foi estranho. Senti-me por cima o tempo inteiro, em praticamente todos os pontos tinha alguma bola para atacar ou para atacar o ponto, mas por alguma razão os pontos foram caindo para o lado dele. Safava uma bola aqui, uma bola ali, eu subia à rede e falhava um volley relativamente fácil já com o ponto ganho e de repente caiu para o lado dele. Foi 6-3 e 6-4, portanto é um bocado controverso eu dizer isto, mas senti que fui muito melhor do que ele. Esteve bem na parte de meter muitas bolas dentro, mas não senti que ele tenha feito grande coisa para ganhar”, afirmou no seguimento da derrota para Alexis Galarneau.

Se dois dias antes considerou o triunfo sobre Daniel Evans como “um dos melhores da carreira”, a frustração dominou a primeira parte da conferência de imprensa de despedida ao Indoor Oeiras Open 2, mas depois a confiança tomou conta do discurso do jogador de 34 anos, que esta semana se tornou no primeiro português a vencer 300 encontros a nível Challenger.

“Estou a jogar bem e a sentir-me bem. Sinto que a minha bola está a andar e que estou a conseguir gerar potência. Estou a servir melhor, embora tenha baixado um bocadinho a percentagem do meu serviço. Se calhar não vou dizer aquilo que disse há uns anos, quando disse que estava a jogar o meu melhor ténis da minha vida e ‘limpei’ os dois Challengers das semanas seguintes, mas, falando a sério, não sei se estou a jogar o melhor ténis da minha, mas sinto-me a jogar muito, muito bem”, afirmou o tenista da Lourinhã.

Sendo este o discurso, é natural que Elias acredite estar a pormenores de entregar os resultados que lhe faltam: “Sinto que pode ser um mini ajuste ou um clique para estas bolas começarem a entrar e sentir-me um jogador perigoso outra vez. Hoje ataquei durante os 90 minutos e a bola foi sempre à trave até que sofri um golo no contra-ataque, é um momento que custa, mas há que acalmar os ânimos, refletir e chegar à conclusão de que estou a jogar bem e no bom caminho. Como digo muitas vezes aos jogadores mais novos, não é a primeira nem a última vez que isto acontece e é saber lidar.”

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