Jaime Faria cumpriu três sonhos de uma assentada ao ultrapassar a fase de qualificação do Australian Open, vencer o encontro da primeira ronda do quadro principal e ainda defrontar o ídolo Novak Djokovic em plena Rod Laver Arena, uma experiência que deixou o tenista português “sem saber o que pensar” depois de um embate que prolongou por três horas e no qual venceu um set ao recordista de Melbourne.
“Foi fantástico, acho que joguei bastante bem. Naquele segundo set consegui causar-lhe algumas dificuldades. Ainda estou um bocadinho abalado, não sei bem o que pensar, mas consegui ser competitivo. Era o meu objetivo para este encontro, passar uma boa mensagem ao meu adversário. Tive as minhas oportunidades no segundo set e consegui aproveitá-las. Ainda tive algumas mais pequenas ao longo do encontro, mas ele acabou por jogar melhor no terceiro e no quarto sets e foi mais complicado”, contou à CNN.
Convidado a fazer um balanço da prestação no Australian Open, Jaime Faria explicou que “contando também com o qualifying, foram duas belas semanas aqui em Melbourne.”
“Consegui atingir o objetivo que tinha de alcançar o meu primeiro quadro principal num Grand Slam e fazê-lo já no início do ano é especial. Ganhar uma ronda tornou-o ainda mais especial e jogar com o Novak e ganhar-lhe um set fez de tudo ainda melhor”, concluiu o lisboeta de 21 anos, que em Melbourne passou a ser o sétimo português a ganhar em quadros principais deste nível e no mais novo de todos.
E agora… objetivos maiores: “O próximo é qualificar-me [diretamente] para um quadro principal, depois deste torneio vou ficar perto do top 100 e quero meter-me nessa zona antes de Roland-Garros. Depois é ganhar mais encontros em quadros principais.”