Nuno Borges está em crescendo neste arranque de temporada e depois de chegar à segunda ronda do ATP 250 de Hong Kong e às meias-finais do ATP 250 de Auckland inscreveu o nome na terceira eliminatória do Australian Open com a melhor exibição do ano, um desfecho que surpreendeu o próprio número um nacional.
“Estou muito surpreendido. Não é todos os dias que tenho a oportunidade de jogar num estádio grande e acho que lidei muito bem com isso. Não é fácil lidar com os nervos e sabia que não seria o favorito do público”, confessou na entrevista em court logo após passar por Jordan Thompson com os parciais de 6-3, 6-2 e 6-4.
“Ele tem jogado muito bem. Lamento que tenha terminado desta forma [com o australiano lesionado no pé direito] e tenho a certeza de que sentiu dificuldades durante o encontro e não foi só agora na parte final. Mas fiz um encontro muito bom, servi muito bem e fui muito consistente durante o tempo todo, por isso estou muito orgulhoso”, acrescentou Borges.
Novamente apurado para a terceira ronda do Australian Open, onde há um ano fez história ao tornar-se no primeiro português a alcançar a quarta eliminatória, o maiato afirmou que os australianos “fazem-me sentir bem-vindo e este é definitivamente o Happy Slam para mim.”
“Foi o meu primeiro torneio do Grand Slam muito bem-sucedido e foi o ponto alto de 2024 até conseguir fazer outras coisas. Foi muito importante jogar bem aqui e aprender a lidar com encontros à melhor de cinco sets“, disse ainda.
Foi também durante a conversa em plena John Cain Arena que Nuno Borges ficou a conhecer a identidade do próximo adversário: Carlos Alcaraz. A resposta? “Fixe. Sabemos que pode vencer qualquer um quando está a jogar o seu melhor e vou tentar fazer o que conseguir sem grandes expetativas. Manter a pressão do lado dele e se tudo correr bem espero conseguir jogar o meu melhor para perturbá-lo ao máximo.”